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sábado, 28 de março de 2015

Regras da Igreja Católica

     Estamos no período da quaresma, chegando à Semana Santa e percebo, que muita gente não compreende o sentido dos períodos litúrgicos (como a quaresma, por exemplo) e tão pouco as regras da Igreja Católica.
     Sobre a própria quaresma, muita gente faz várias penitências e sacrifícios, mas “joga tudo para o ar” no “sábado de aleluia”. Dessa forma, tudo que se fez ao longo dos quarenta dias fica sem sentido, pois a razão desse período é refletir sobre sua vida, sua ações, etc., e ver o que pode ser modificado, corrigido e/ou melhorado. Ou seja, é um período de reflexão e conversão! A ideia de jejum, penitência serve para que as pessoas pensem o quanto é difícil sentir falta de algo, passar necessidade, como várias pessoas passam e sentem diariamente, e não para “fazer bonito” para os outros verem! E também não há regras determinadas de se como pensar e agir nesse período! Deus nos concedeu o livre arbítrio para que cada um saiba o que deve ser feito em sua vida! Quem diz que tem que ser “assim ou assado” quer é aparecer!
     Outro ponto que vejo que as pessoas confundem é com relação às regras, às doutrinas da Igreja Católica. Cito como exemplo o caso do batismo, onde os padrinhos e/ou os pais (segundo orientação que recebi) precisam ser casados. Essa norma é para afastar os outros? Não! Os pais e os padrinhos são exemplos de vida, de comportamento e caráter para seus filhos e afilhados e a Igreja deve zelar para que os responsáveis pela educação moral e religiosa das crianças sejam bons exemplos. É preciso sim valorizar o matrimônio, pois ninguém é obrigado a assumir esse compromisso, mas a partir do momento que o assume, de livre e espontânea vontade como o próprio padre diz durante a cerimônia, deve honrá-lo. Se não, para que começar algo que não se vai até o fim? Pode parecer até um pouco antiquado, mas o matrimônio, que se trata da união de duas pessoas com a benção de Deus, é a base de uma boa família, com conceitos sólidos de religião, caridade, amor, respeito, caráter, honestidade e vários outros conceitos positivos! A Igreja tenta preservar os valores da família e da fé que já estão presentes em seu catecismo há vários séculos!
     Sobre céu e inferno, concordo que Deus é Pai de todos e que não mandaria um filho para o “paraíso” e outro para o “castigo”, mas é preciso analisar melhor esse raciocínio! Imaginemos uma família comum, onde os pais sempre querem o melhor para seus filhos e os educam, aconselham e mostram o caminho do bem. Porém, mesmo com todos esses cuidados, alguns filhos acabam “se desviando” por outros caminhos e mesmo que os pais não queiram, não conseguem se salvar. Aquele que comete um crime, que desrespeita as leis, as regras é condenado pelo que cometeu e não porque seu pai ou sua mãe queriam ou o amasse mais ou menos. A condenação vem dos pais ou do ato de desobedecer as regras? Ou seja, não é Deus que condena alguém, mas ele próprio com suas atitudes e olha que o Pai tenta tudo e mais um pouco para evitar, mas quando a pessoa não escuta... Viu a importância da família de novo?
     Já ouvi também que quem participa da Igreja como padres, ministros e demais religiosos leigos, tem obrigação de saber sobre as coisas da Igreja. Acho que essas pessoas tem mais acesso ao conhecimento e às informações para aprender, mas qualquer um pode saber! E não digo decorar datas e nomes, mas sim compreender o motivo de cada regra, de cada doutrina que existe!
     Tem gente que fala mal da Igreja e de suas doutrinas é porque espera que a religião a atenda, ou seja, que seja uma Igreja para ela, da forma que ela precisa naquele momento, como se fosse uma lâmpada mágica. Querem que a religião se adapte a eles e não eles à religião! As leis civis são assim? Isso é muito egoísmo e vaidade! A religião, a Igreja é uma só para todos e nós devemos segui-la e não ela a nós, pois o fundamento da fé é Deus e não o ser humano!
     Concordo plenamente que a Igreja Católica precisa se modernizar em alguns pontos, alguns conceitos, porém o conceito básico de sua doutrina, de seu catecismo deve ser sempre o mesmo, a valorização da fé, da família, do amor e daquilo que realmente é importante para uma vida boa (não digo materialmente!)! Acredito que as pessoas devam conhecer melhor sobre o que vão falar, especialmente sobre religião e Igreja para não passarem vergonha e falarem “abobrinhas” por aí! Um pouco de conhecimento e compreensão pode fazer uma grande diferença no pensamento, nas ações e na forma de ver a Igreja e a vida! Tentem! Boa Semana Santa e Feliz Páscoa!!!


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