Um dia desses estava conversando com um
amigo sobre preocupação com pessoas da família, especialmente de pais com os
filhos. Daí achei um fato curioso, a gente sempre espera o pior se a pessoa não
der notícias ou se atrasar para chegar.
Vai dizer que você pai ou mãe nunca
imaginou: “O que aconteceu com meu filho?” “Onde ele(a) está?” “Porque ainda
não chegou?” ou pensou em ligar para hospital, polícia, etc.? isso sem contar o
desespero que sentiu imaginando o que aconteceu e porque o(a) filho(a) ainda
não tinha chegado? Mesmo em casos que não envolvem pais e filhos, nem mesmo
família, isso ocorre. Conheci um vendedor que passava toda semana e às vezes
ficava uma ou duas semanas sem aparecer. Acabávamos imaginando que tinha sido
preso, estava doente, ou algo assim. Nunca que havia ganhado na loteria e “se
aposentado” ou que às vezes não tinha mercadorias novas para vir oferecer ou
outra coisa boa. Em outros tipos de caso, também acabamos esperando o pior
também! Por exemplo, fazemos um jogo da loteria com um pouco de esperança de
ganhar, senão não o faríamos, mas a maior parte de nosso pensamento é de que
não vamos ganhar.
A partir desta conclusão de que temos
sempre a tendência de esperar o pior das coisas, fui refletir o motivo disso.
Acredito que tenha uma parte natural, de instinto do ser humano, de auto
preservação, tentando estar preparado para momentos ruins, difíceis. Outro
fator é a lógica de que se a pessoa não deu notícias é porque “certamente” não
pode, porque aconteceu algo que impossibilite a pessoa. Neste caso preciso
abrir um parêntese e dizer que esse imprevisto que pode ter acontecido e
impossibilitado a pessoa de dar notícia, de informar quem a está aguardando,
pode ser um simples celular sem bateria, local sem sinal, falta de um telefone
próximo, envolvimento na conversa ou no que estiver fazendo e esquecer da hora
e de avisar sobre o atraso, etc., ou seja, nada de tão grave. Voltando aos
motivos de preocupação exagerada e esperarmos o pior, acho que o maior motivo
seja a sociedade, o ambiente e a situação em que vivemos. Infelizmente, vivemos
em uma época de muitos acidentes causados por irresponsabilidade, violência e
brutalidade enormes, crimes em geral e tantas outras coisas ruins. Cercados por
tudo isso, é mais do que natural que as pessoas se preocupem conosco e nós com
elas, especialmente as pessoas que tem qualquer sentimento umas pelas outras. E
um outro motivo, a meu ver, é o estado psicológico e emocional da pessoa que
aguarda. Alguém muito ansioso ou com depressão ou qualquer outro transtorno
semelhante, tende a esperar sempre o pior de todas as situações. Neste caso,
seria melhor procurar ajuda, principalmente profissional!
Longe de mim querer pedir para as pessoas,
ainda mais os pais e as famílias, não se preocuparem com seus amigos e
familiares, mas é preciso ter cuidado para que esse sentimento não se torne uma
obsessão, uma paranoia e prejudique quem se preocupa, a pessoa objeto da
preocupação e os relacionamentos delas e entre elas!
Como sempre prego o equilíbrio, aconselho
que as pessoas controlem seus impulsos pessimistas e busquem uma forma simples
de obter informações de quem se está esperando, sem exageros. E para quem for
sair e/ou souber que o estão esperando, não custa nada se comunicar, informar
onde está, com quem, dizer se está tudo bem, etc. Se cada um fizer um pouquinho,
ninguém vai ter problemas emocionais (ou até físicos como de coração, de
cabeça, etc.) e nem dar preocupação a ninguém e também evita-se problemas
maiores! Responsabilidade é importante!
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