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sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Costumes ou Questão de Respeito

     Outro dia estava debatendo, com alguns amigos, uma questão levantada por um deles. Comentei sobre ela com outras pessoas e o resultado foi o mesmo: opiniões diversas, sem conclusão, e polêmica. Resolvi deixar registrada aqui minha opinião sobre o assunto. A questão era sobre tirar o boné ou o chapéu para rezar, se isso seria ou não uma falta de respeito.
     A partir desta dúvida e dos debates, sem uma conclusão única, passei a refletir o que seria um costume, uma tradição e o que seria falta de respeito. A meu ver, essa questão levantada e outras semelhantes são costumes, uma tradição e não uma falta de respeito. Para mim, Deus enxerga nossa alma, nossa mente e nosso coração e nosso traje ou questão de estar com a cabeça coberta não influencia em nada. Questão de vestes não é importante que a questão da fé e do “interior” da pessoa!
     Logicamente que existem situações específicas que precisamos observar! Você não deve ir à Igreja de chapéu ou de boné, mas se chegar aí, não vejo problema, não vejo como falta de respeito. Também se deve observar a questão do tipo e do tamanho das roupas nesses ambientes. Não sou “careta”, antiquando ou rigoroso, apenas acho que existem alguns tipos de roupas que não devem ser utilizadas em alguns ambientes. Por exemplo, uma moça que vá à missa com uma minissaia muito curta, não seria uma falta de respeito, mas chamaria a atenção, principalmente dos homens presentes, tirando a atenção da celebração em si e provocando pensamentos “divergentes” do ambiente, do evento e da situação daquele momento. Se alguém vai a uma celebração, que é algo mais sério e de respeito, como uma missa, deve evitar chamar a atenção e provocar as outras pessoas de qualquer forma. Até as outras mulheres seriam provocada por este caso, pois iriam observar e julgar aquela moça. Não seria uma falta de respeito, mas uma questão de evitar problemas.
     Sobre a questão de costumes e tradições, vejo na religião, uma fonte bem vasta deles. Por exemplo, existem vários momentos durante as celebrações em que se deve ajoelhar ou responder, e outros em que, liturgicamente, não há. Mesmo assim, pessoas que foram acostumadas a fazer algo durante sua vida, acabam fazendo até hoje, mesmo não sendo necessário e com outras pessoas dizendo que não é preciso. Meu pai, por exemplo, tem seus costumes e tradições durante a missa que não são necessários. Mas vejo tudo isso como parte da fé dele e muito longe de ser uma falta de respeito ou desafio às doutrinas da igreja. Até acho que já comentei com ele que algumas coisas não são necessárias, mas não o corrijo e nem forço ele a parar. Para ser sincero, aprendi algumas coisas com ele que acabo repetindo. Não acho que Deus vá ficar chateado conosco por rezar alguma oração que deveria ser só o celebrante ou algo assim.
     Da mesma forma, existem outros costumes e tradições no dia-a-dia das pessoas que não prejudica a ninguém e é algo que deixa a pessoa que faz mais feliz, tranquila, de consciência limpa. Ou que deixe a pessoa mais à vontade. Outro dia, por exemplo, comentaram sobre participar de algumas reuniões e eventos de bermuda e/ou camiseta regata. Ando bastante com esses trajes, pois sou “calorento” e me sinto muito mais à vontade e tranquilo vestido assim. Nunca me vesti assim com intuito de aparecer ou desrespeitar alguém ou alguma instituição ou evento. Já ouvi que esse tipo de traje é um tipo de “descaso” com o evento. Logicamente que não me visto assim em qualquer evento ou reunião, apenas em ocasiões informais. Ainda mais na época de calor!
     E como eu disse que já comentaram sobre qual seria o traje correto para essas reuniões e eventos, tem muita gente que quer determinar que os outros sigam seus costumes, tradições e pensamentos. Eles não aceitam a forma de pensar, ser e agir do outro, não aceitam as diferenças. Já comentei muito sobre esse tema em outras postagens. Esse julgamento e a forma de querer impor o que acham correto vão contra o que diz a bíblia! Em uma passagem, Jesus responde a quem o questiona que alguns costumes e tradições dos mestres da lei eram coisas dos humanos, do homem, e não de Deus. Ou seja, Deus não se importava com isso, pois o importante era o “coração” de cada um!
     Bom, acredito que esses costumes e tradições devam ser respeitados e seguidos por quem achar correto! Só não correto e justo quere impor e julgar quem pensa diferente. Cada pessoa tem um jeito e não consigo imaginar Deus “virando as costas” para alguém simplesmente pela roupa e pelos acessórios que vestia no momento da oração. E nem vejo que a eficiência de alguém em um evento, uma reunião, seja prejudicada por sua forma de vestir. Acho que tem coisa muito mais importante!

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