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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Copiar Culturas de Outros Países?

     Ouvindo a propaganda do “Novo Ensino Médio”, e ouvindo que ele é baseado em experiências de outros países, parei para refletir sobre copiar experiências, projetos e culturas de outros países. Acho que cada situação, cada caso, deve ser bem analisado para não copiar por copiar, pois isso pode ter um resultado muito ruim.
     Há algum tempo atrás, refleti e postei sobre a questão de utilizar vídeo no futebol, assim como fazem no futebol americano, no vôlei, etc. Alguns comentaristas de um canal esportivo alegaram que eram contra por estarem tentando “americanizar” o Brasil, copiando a cultura e a forma de esportes deles. Neste caso específico, não acho que seja assim, pois é algo também utilizado nos esportes em vários países, no caso do vôlei, por exemplo. É uma experiência que deu certo no esporte, independente do país e da cultura.
     Excetuando este caso, sou contra “copiar” projetos e experiências de outros países. Mesmo que seja copiar do Brasil para outro país. Sou contra pelo fato de que esses projetos e experiências dependem de vários fatores. Dentre estes fatores cito a cultura do país, o costume e a tradição de seu povo, o tamanho do país, o número de habitantes, a forma de governo, os objetivos esperados e até condições climáticas.
     Já ouvi diversas vezes comentaristas esportivos comentando sobre implantar o calendário europeu no futebol brasileiro e até em outros esportes. É outra coisa que sou contra! Lá na Europa, como nos EUA, eles têm temporadas de diversos esportes que são intercalados entre si. Isso acontece por questão de organização e planejamento, para serem mais atrativos comercialmente, mas também por questões climáticas. No final do ano no hemisfério norte é inverno, muito gelado e com gelo e neve. No hemisfério sul, é verão, com muito calor. Existem esportes que são “compatíveis” com cada estação, com cada clima e é por isso que os calendários esportivos são feitos especificamente em cada país e/ou região.
     Sobre os projetos de educação, como o do Novo Ensino Médio, o fato de se estar buscando experiências de sucesso em outros países, não é garantia de sucesso em outros, como no Brasil. Os estudantes dos outros países “modelo” precisam trabalhar e estudar ao mesmo tempo? Eles têm garantia de emprego quando se formarem? A qualidade da educação é a mesma? A forma de viver e estudar são a mesma? No Brasil, usa-se muita teoria e gostam muito de novidades e revoluções que veem em outros lugares. Mas na prática nem sempre funciona! Preciso analisar melhor esse projeto, mas já questionaram algo interessante: e se o aluno quiser mudar a área de atuação depois? Precisa voltar e fazer o ensino médio de novo com outras disciplinas?
     Não quero entrar no mérito de cada exemplo que citei, apenas os utilizei para ilustrar meu raciocínio. Só pelo fato de ter dado certo em um país, não quer dizer que vá dar certo em outro. Não sou contra a utilizar outras experiências como exemplo e ponto de partida, ideia. O que não acho correto é utilizar tudo isso como fonte certa de sucesso e que imponham isso ao povo. Chega de ficarem criando as coisas baseados somente em teorias! É preciso estudar e conhecer bem nosso povo e ver as diferenças que existem. A meu ver, só assim conseguiremos projetos que deem resultados positivos para nosso povo! Respeitando nossa cultura e não “importando” outra!

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