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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Paralisação e Corre-Corre

     Esta semana o Brasil assistiu a paralisação de várias estradas pelo país, realizada pelos caminhoneiros insatisfeitos com o preço dos combustíveis, o valor baixo dos fretes e as condições ruins das paradas das estradas (pontos de apoio, descanso, etc.). Já havia ouvido falar de algo planejado para março, mas a antecipação pegou quase todo mundo de surpresa! Se a intenção era chamar a atenção para os problemas que enfrentam conseguiram!
     Acho que é justo e é direito de todos lutarem pelo que acham justo e correto e cada um sabe os problemas que enfrentam, porém é preciso pensar nas consequências de seus atos e não extrapolar os limites do respeito. Alguns motoristas não aderiram ao movimento por vários motivos, mas foram forçados a “respeitar” o protesto, pois alguns eram até agredidos com pedras e ameaçados. Todos têm direito de lutar por benefícios e melhorias como eu já disse, mas é preciso respeitar aqueles que pensam diferente!
     Certamente esta paralisação causou muito prejuízo a diversas pessoas e empresas, pois estas necessitavam de cargas que eram transportadas no momento da paralisação. Algumas cargas devem ter sido perdidas, mesmo que cargas perecíveis fossem liberadas para seguir segundo tive informação. Outros enfrentaram problemas pessoais como caso do motorista que vi na televisão que precisava tomar insulina e estava correndo o risco de perder o medicamento pessoal que carregava consigo. Muitos não estavam preparados e devem ter passado dificuldades, como fome, cansaço, falta de dinheiro, etc. E as pessoas em geral também foram bem prejudicadas, com atrasos nas entregas de produtos, correspondências, etc. Embora acredite que esta tenha sido a intenção dos protestantes, “parar o Brasil”!
     O que acho pior é que não teve uma “frente”, uma liderança para negociar com o governo pelo que vi, foi algo mais “espontâneo” dos próprios motoristas. E as exigências são justas, porém mais radicais, já que o governo jamais concordaria em baixar o preço dos combustíveis, que, diga-se de passagem, está um absurdo!
     É importante ressaltar que esse movimento mostrou, mais uma vez, que a profissão de caminhoneiro (transportes rodoviários) é extremamente importante para o país e fundamental para a economia e a vida dos brasileiros, provendo a todos com mercadorias importantes, especialmente alimentos, medicamentos e combustíveis.
     Essa manifestação mostrou também como o brasileiro não cuida do planejamento, pois a paralisação e as notícias da falta de alguns produtos, especialmente gasolina e outros combustíveis, provocou um grande corre-corre aos postos de abastecimento, mesmo em cidades pequenas do interior como a minha, onde as filas foram absurdas! Como um amigo disse, mesmo quem nem precisava tanto assim abastecer seu veículo correu para fazê-lo com medo dos resultados da greve. E também as pessoas não estavam com os tanques cheios devido ao altíssimo preço dos combustíveis ultimamente! Nesse caso, não é só falta de planejamento!
     Espero que toda essa situação seja resolvida o mais rapidamente possível, de forma pacífica e justa para todos, para não causar prejuízos a ninguém! Que o bom senso conduza o desfecho! 


domingo, 22 de fevereiro de 2015

HORÁRIO DE VERÃO 2014/2015 - FINAL

ESTAMOS SAINDO DO HORÁRIO DE VERÃO 2014/2015, ACERTE SEU RELÓGIO!

NESTE ANO, O HORÁRIO DE VERÃO SE INICIA EM ÀS 00:00 HORAS DE 19 DE OUTUBRO DE 2014 E VAI ATÉ ÀS 00:00 HORAS DE 22 DE FEVEREIRO DE 2015

 

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

A Solidariedade e o Carinho devem ser Maiores que a Obrigação

     Quando alguém está doente, “ganha nenê”, perde algum familiar e outras situações “sociais” como essas acontece, muita gente se sente na obrigação de visitar e apoiar a pessoa conhecida, principalmente amigos. Esse é um costume típico do povo mineiro, especialmente das cidades do interior.
     Acredito que seja um costume louvável, uma demonstração de carinho, de amizade, de solidariedade. Porém, algumas pessoas acabaram adotando esta tradição como obrigação, algo que “deve ser feito”. Nesse caso, mesmo havendo carinho, solidariedade, acho que não é o motivo correto!
     Já até fiz postagem sobre as coisas obrigatórias, que não concordo em fazer nada por obrigação. Lógica que existem regras, compromissos e obrigações que devemos cumprir, mas procuro sempre fazer as coisas por vontade e não somente por que devem ser feitas. Digo isso, pois conheço pessoas que nunca visitaram ou deram carinho e atenção a outras em vida e em outros momentos e quando de um falecimento correm para ir visitar, expressar pêsames, etc. Não digo que o sentimento de pesar não seja verdadeiro, mas acho que a obrigação e talvez o remorso sejam maiores do que o carinho, a solidariedade e a vontade de se estar ao lado de alguém se despedir, etc.
     E outro caso que também ocorre é de pessoas que não nos visitam, que não buscam conviver conosco no dia-a-dia e quando acontece algo do que citei no início desta postagem, nos sentimos obrigados a estar ao lado deles para apoiar. Concordo que devamos apoiar, porém não por obrigação. Se não me engano, até já postei algo sobre isso também, mas tem a ver com este tema. A gente deve procurar manter contato com familiares e amigos em todos os momentos e situações, no dia-a-dia e não só em momentos “especiais”. E acho esse tipo de comportamento deve ser recíproco, ou seja, de nós para com os outros e dos outros para conosco. A meu ver, quem não "lembra" que a gente existe no dia-a-dia, não tem um sentimento verdadeiro para aparecer nas horas difíceis!
     Já ouvi que “ganhamos dia” fazendo esse tipo de coisa, prestando nosso apoio e que também as pessoas ficam “nos devendo” esse mesmo apoio quando precisamos, mas justamente isso é fazer por obrigação, esperando algum retorno, algo em troca.
     Não estou recomendando que ninguém deixe de prestar apoio a ninguém pelo fato de não ter contato com as pessoas no dia-a-dia ou algo assim, apenas dizendo que penso que a solidariedade e o carinho devem ser sempre maiores que a obrigação e que devem ser o verdadeiro motivo desse tipo de ação e costume!

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

BOM CARNAVAL 2015!!!


A Morte me Faz Pensar!

     Já refleti e até já postei sobre esse tema, mas toda vez que preciso lidar com a morte, acabo refletindo e revendo ou reformulando/formulando conceitos e opiniões. Esta semana perdi um grande amigo e até agora ainda estou bem chateado com isso, e esse acontecimento me fez pensar novamente nisso.
     Primeiro, acho que ninguém pode afirmar o que acontece ou não após a morte, uma vez que ninguém nunca “esteve lá e voltou” para afirmar com certeza o que acontece. O que acredito é no que já li e ouvi da Bíblia, pois foram ensinamentos e mensagens de Jesus. Acredito que estejamos caminhando para nos encontrar com Deus, não sei se diretamente ou se temos mais alguma etapa... A minha crença é de que temos missões a cumprir na caminhada de aprendizagem até Deus. Sou católico praticante e respeito profundamente a doutrina da Igreja, porém não sou daqueles que simplesmente acredita no que dizem, em regras “impostas”. Acredito mesmo no que sinto, no que reflito, no que acho que haja certa lógica, um fundamento.
     Não acredito que haja comunicação de “lá” para “cá” e “daqui” para “lá” acredito muito no poder da oração. Outra coisa que me deixa pensativo é sobre as relações, os relacionamentos que temos neste mundo e sua continuidade ou não no outro. Ouvi certa vez que na outra vida não temos os mesmos relacionamentos que temos nesta, como pais, mães, irmãos, esposa(o), etc. Para ser sincero, não concordo muito com isso! Acredito que se temos amigos e familiares nesta vida, que gostamos e convivemos, aprendemos a partilhar e a sermos pessoas melhores por eles e para eles, não há sentido de que não possamos nos encontrar com eles no “próximo plano”! Lógico que iríamos viver somente com eles, mas acredito que possamos nos encontrar e matar a saudade, preenchendo o vazio que a partida deles nos deixou. Não consigo imaginar que Deus não permita que o amor continue! Talvez não haja obrigações como neste mundo, como o do matrimônio, por exemplo, mas acredito que ainda haja ligações entre quem se ama.
     E por falar em pessoas que amamos, a gente nunca pensa que elas irão partir, muito menos que essa partida pode estar próxima. Essa ideia de imortalidade é involuntária e parece que nos conforta. Já imaginou se soubéssemos quando alguém querido iria morrer? Iria ser muito triste ficar se despedindo, imaginando que aquele momento seria o último, etc. Por exemplo, encontrei com meu amigo no último sábado e nem sabia que seria última vez que o veria vivo. Nos divertimos muito, como há muito tempo não fazíamos e na terça-feira ele partiu. Por mais que ele tivesse seus problemas de saúde, para ser sincero não esperava esse momento dele partir! Acho que isso de não pensar que as pessoas que amamos vão morrer é que nos causa tanto susto quando acontece, principalmente de repente!
     E por falar em morte de repente já ouvi várias vezes que qualquer um de nós pode ser o próximo, a qualquer hora e em qualquer lugar e acredito nisso. Ouvi isso várias vezes em reflexões durante a encomendação do corpo nos velórios que presenciei, alertando que deveríamos nos preocupar com a forma como estamos levando a vida, pois se precisarmos prestar contas a Deus agora, devemos estar bem, preparados. Se acontecer comigo, acredito que eu esteja preparado! Não tenho medo da morte, já que nem sei o que mês espera e porque tenho tentado levar uma vida no “caminho certo”! Não digo que sou perfeito, longe disso, mas também não faço mal a ninguém propositalmente e tento ser o mais correto possível! É difícil pensar assim, mas temos que ter a consciência de que nossa hora pode chegar a qualquer momento!
     Quando eu for, sentirei falta de quem amo e ficará e triste por causar tristeza neles, mas estarei feliz de reencontrar meus queridos que já foram antes de mim e poder me aproximar de Deus! Estou com a consciência tranquila e sem medo, mas não estou com pressa (kkk)! Que seja feita sempre a vontade de Deus!

SEXTA-FEIRA 13 - 13/02/2015


quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Esse era o Ditão!

     Quando estava com pouco tempo de relacionamento com minha esposa, fomos passar um final de semana na cidade vizinha de Piumhi (Minas Gerais). Ela dormiu na casa de uma amiga e eu na casa de um, até então, estranho, chamado “Ditão”. Nunca havia sequer falado com ele. Ele me recebeu em sua casa, um estranho que apenas namorava uma amiga dele e me tratou com tanto carinho que eu me senti em casa e como se já nos conhecêssemos há anos!
     E meu amigo Ditão era assim! Enxergava quem era do bem e o acolhia com carinho, de coração aberto! Para ele não havia cor/raça, credo, sexo, idade... ele conhecia o caráter e a personalidade das pessoas como ninguém! Podia até tratar bem quem ele não sentisse ser “boa pessoa”, mas só se aproximava das “pessoas certas”. Era simples e humilde, mas muito sábio, fiel, sincero e companheiro! Foi referência de amizade e até de família para todos nós que convivíamos com ele. Um amigo e uma pessoa rara!
     Passou por várias dificuldades na vida e superou todas sem deixar que nada tirasse sua esperança e alegria de viver e de estar com quem amava. Ensinou-nos muito! Seus conselhos em tom de brincadeira, sempre com franqueza e verdade, nos abriam os olhos em várias situações e momentos. Aprendemos a enxergar melhor certas pessoas e situações, amadurecemos e nos divertimos, rimos muito! E como ríamos! Seu bom humor contagiava a todos! Ter assistido ao jogo do Brasil na Copado ao seu lado foi um prazer, pois apesar do nervoso da partida ele nos fez rir muito e aproveitar muito o momento! Sua companhia era fantástica! Compartilhávamos o amor pelo nosso Galo (Atlético Mineiro) e adorávamos fazer piadas um com o outro. Logicamente que tinha seus defeitos, como qualquer pessoa, mas nada que o tornasse uma pessoa menos maravilhosa!
     Fizemos vários outros amigos através dele, como se ele fosse uma “rede social humana” capaz de aproximar várias pessoas do bem em torno dele. Nos deu sustos com sua saúde por algumas vezes, mas quando íamos visita-lo nestes momentos, já estava alegre novamente. Valorizava demais seus amigos e nos ensinou o que era ser amigo de verdade e apenas colegas, conhecidos. Dizia que seus amigos eram sua família!
     Era uma pessoa tão especial que neste dia 10/02/2015 Deus o levou para morar a lado dEle e ser mais um anjo olhando por nós de lá! Não chegaremos a cumprir os planos que traçamos no último sábado, quando fomos visita-lo sem saber que seria a última vez nossa despedida! Mas Deus sabe o que faz! Tomamos um grande susto com a notícia de sua partida, pois há muito tempo não o víamos tão bem de saúde e feliz como no nosso último encontro!
     Vai ficar um vazio enorme em nossos corações e em nossas vidas, Piumhi jamais será a mesma coisa sem você! Já estamos todos com o coração apertado a alma vazia, cheios de saudades de uma grande pessoa e amigo maravilhoso! Você fará muita falta meu amigo José Astrogildo Lopes, que sempre foi o Ditão! Só nos resta guardar os inúmeros momentos felizes e maravilhosos que passamos com você, seu bom humor, sua amizade e tudo que nos ensinou! Também é preciso que agradeçamos a Deus por nos ter dado você e pedir que Ele o receba a seu lado e lhe dê o repouso eterno que merece! E que Ele nos conforte e dê muita força para suportamos esse momento tão difícil de nossa separação e a falta que fará de agora em diante!
     Também lhe agradeço muito, meu amigo, por tudo que fez e foi por mim e por todos nós sempre! Saiba que jamais será esquecida e que viverá para sempre em nossos corações e lembranças! Estamos tristes aqui na terra, mas certamente o céu está em festa com sua chegada! Vê se não faz os anjos rirem demais aí! Não direi adeus, mas até um dia quando nos encontraremos de novo! Obrigado! Vá com Deus e descanse em paz Ditão!

 

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Cada Um Fala Sua Língua

     Existem inúmeros países e povos espalhados por aí e existem também inúmeros idiomas e dialetos. Isso se origina da cultura de cada povo, de cada região, dos costumes, etc. Também da cultura e dos costumes (acredito que até mais dos costumes) se originam formas mais “particulares” de falar. Já repararam que em cada “grupo”, por exemplo, uma roda de amigos ou os funcionários de uma empresa, existem algumas gírias e formas próprias de falar e nomear as coisas? Não sei ao certo como isso surge, talvez alguém ache mais fácil falar determinada palavra e/ou nome e aquilo acaba “pegando” por ser mais fácil, claro e/ou objetivo.
     Essa “forma própria de falar” pode surgir e indicar várias situações e fatores. Pode ser intimidade, quando diz respeito a algo entre amigos, casais ou familiares. Simplicidade quando dita por pessoas mais simples, que talvez não saibam os nomes “formais” das coisas e/ou algumas palavras. Criatividade quando alguém “cria” ou “nomeia” algo de acordo com sua opinião e/ou algum motivo pessoal. Pode ser também cumplicidade ou compartilhamento, pois pode surgir de algo que tenha ocorrido com mais pessoas ou sido presenciado. Também é uma forma de identificação de determinado grupo, pois se relaciona com algo que os integrantes deste grupo estão habituados a vivenciar, falar etc.
     É legal observar que todos nós temos esse costume, seja iniciado conosco mesmo ou passado por outros. O ser humano tem a tendência natural de se adaptar ao meio em que está e “instinto” faz com que aprendamos a nos comportar de forma semelhante aos demais. Interessante também como aprendemos, “pegamos” essas “gírias” e nem percebemos! E ainda achamos estranho quando as falamos com pessoas “de fora” do ambiente normal de circulação dessa “gíria” e elas não compreendem. Por exemplo, me lembro de quando conheci minha esposa e a família dela, que me “apresentaram” algumas palavras, nomes e formas de falar que eu não conhecia e nem compreendia. Ri e achei muito estranho, mas depois me acostumei. E ela ficava brava e achava um absurdo que eu não conhecesse aquele “significado” das palavras. Até hoje temos algumas coisas que falamos, tanto ela quanto eu, que ficamos sem entender e ainda tentamos convencer o outro de que existe, de que é normal, que muita gente fala...
     Talvez por outra tendência natural do ser humano, a de ser aceito e não ser considerado “diferente” dos outros, tentamos sempre convencer os outros de que nossa forma de falar está correta e a do outro não conhecemos. Isso é bobagem! Todas estão corretas dentro da cultura, da história, do ambiente e do dia-a-dia de cada um! E mesmo que a gente não concorde muito, não devemos condenar a pessoa! Como sempre aconselho, devemos nos colocar no lugar dos outros e imaginar como nos sentiríamos se rissem e criticassem a gente por esse motivo!

     Bom, o engraçado é passar a observar isso em nós mesmos e nas pessoas para ver o quanto podemos ser diferentes e aprender uns com outros de formas simples e divertidas!