Existem inúmeros países e povos espalhados
por aí e existem também inúmeros idiomas e dialetos. Isso se origina da cultura
de cada povo, de cada região, dos costumes, etc. Também da cultura e dos
costumes (acredito que até mais dos costumes) se originam formas mais
“particulares” de falar. Já repararam que em cada “grupo”, por exemplo, uma
roda de amigos ou os funcionários de uma empresa, existem algumas gírias e
formas próprias de falar e nomear as coisas? Não sei ao certo como isso surge,
talvez alguém ache mais fácil falar determinada palavra e/ou nome e aquilo
acaba “pegando” por ser mais fácil, claro e/ou objetivo.
Essa “forma própria de falar” pode surgir
e indicar várias situações e fatores. Pode ser intimidade, quando diz respeito
a algo entre amigos, casais ou familiares. Simplicidade quando dita por pessoas
mais simples, que talvez não saibam os nomes “formais” das coisas e/ou algumas
palavras. Criatividade quando alguém “cria” ou “nomeia” algo de acordo com sua
opinião e/ou algum motivo pessoal. Pode ser também cumplicidade ou compartilhamento, pois pode surgir de algo que tenha ocorrido com mais pessoas ou sido presenciado. Também é uma forma de identificação de
determinado grupo, pois se relaciona com algo que os integrantes deste grupo
estão habituados a vivenciar, falar etc.
É legal observar que todos nós temos esse costume,
seja iniciado conosco mesmo ou passado por outros. O ser humano tem a tendência
natural de se adaptar ao meio em que está e “instinto” faz com que aprendamos a
nos comportar de forma semelhante aos demais. Interessante também como
aprendemos, “pegamos” essas “gírias” e nem percebemos! E ainda achamos estranho
quando as falamos com pessoas “de fora” do ambiente normal de circulação dessa “gíria”
e elas não compreendem. Por exemplo, me lembro de quando conheci minha esposa e
a família dela, que me “apresentaram” algumas palavras, nomes e formas de falar
que eu não conhecia e nem compreendia. Ri e achei muito estranho, mas depois me
acostumei. E ela ficava brava e achava um absurdo que eu não conhecesse aquele “significado”
das palavras. Até hoje temos algumas coisas que falamos, tanto ela quanto eu,
que ficamos sem entender e ainda tentamos convencer o outro de que existe, de
que é normal, que muita gente fala...
Talvez por outra tendência natural do ser
humano, a de ser aceito e não ser considerado “diferente” dos outros, tentamos
sempre convencer os outros de que nossa forma de falar está correta e a do
outro não conhecemos. Isso é bobagem! Todas estão corretas dentro da cultura,
da história, do ambiente e do dia-a-dia de cada um! E mesmo que a gente não
concorde muito, não devemos condenar a pessoa! Como sempre aconselho, devemos
nos colocar no lugar dos outros e imaginar como nos sentiríamos se rissem e
criticassem a gente por esse motivo!
Bom, o engraçado é passar a observar isso
em nós mesmos e nas pessoas para ver o quanto podemos ser diferentes e aprender
uns com outros de formas simples e divertidas!
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