Quando alguém está doente, “ganha nenê”,
perde algum familiar e outras situações “sociais” como essas acontece, muita
gente se sente na obrigação de visitar e apoiar a pessoa conhecida, principalmente
amigos. Esse é um costume típico do povo mineiro, especialmente das cidades do
interior.
Acredito que seja um costume louvável, uma
demonstração de carinho, de amizade, de solidariedade. Porém, algumas pessoas
acabaram adotando esta tradição como obrigação, algo que “deve ser feito”.
Nesse caso, mesmo havendo carinho, solidariedade, acho que não é o motivo
correto!
Já até fiz postagem sobre as coisas
obrigatórias, que não concordo em fazer nada por obrigação. Lógica que existem
regras, compromissos e obrigações que devemos cumprir, mas procuro sempre fazer
as coisas por vontade e não somente por que devem ser feitas. Digo isso, pois
conheço pessoas que nunca visitaram ou deram carinho e atenção a outras em vida
e em outros momentos e quando de um falecimento correm para ir visitar,
expressar pêsames, etc. Não digo que o sentimento de pesar não seja verdadeiro,
mas acho que a obrigação e talvez o remorso sejam maiores do que o carinho, a
solidariedade e a vontade de se estar ao lado de alguém se despedir, etc.
E outro caso que também ocorre é de
pessoas que não nos visitam, que não buscam conviver conosco no dia-a-dia e
quando acontece algo do que citei no início desta postagem, nos sentimos
obrigados a estar ao lado deles para apoiar. Concordo que devamos apoiar, porém
não por obrigação. Se não me engano, até já postei algo sobre isso também, mas
tem a ver com este tema. A gente deve procurar manter contato com familiares e
amigos em todos os momentos e situações, no dia-a-dia e não só em momentos
“especiais”. E acho esse tipo de comportamento deve ser recíproco, ou seja, de
nós para com os outros e dos outros para conosco. A meu ver, quem não "lembra" que a gente existe no dia-a-dia, não tem um sentimento verdadeiro para aparecer nas horas difíceis!
Já ouvi que “ganhamos dia” fazendo esse
tipo de coisa, prestando nosso apoio e que também as pessoas ficam “nos
devendo” esse mesmo apoio quando precisamos, mas justamente isso é fazer por
obrigação, esperando algum retorno, algo em troca.
Não estou recomendando que
ninguém deixe de prestar apoio a ninguém pelo fato de não ter contato com as
pessoas no dia-a-dia ou algo assim, apenas dizendo que penso que a
solidariedade e o carinho devem ser sempre maiores que a obrigação e que devem
ser o verdadeiro motivo desse tipo de ação e costume!
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