Vivemos,
infelizmente, em uma era de consumismo, onde o ter acaba sendo mais importante
do que o ser. Somos bombardeados diariamente por comerciais que nos incentivam
a consumir e até mesmo achar que precisamos de tudo aquilo que anunciam. Não
culpo os publicitários, pois o trabalho deles é fazer as pessoas consumir, mas
produtos cada vez de menos qualidade, de maior preço e em grandes quantidades,
já que lançam novos modelos, principalmente da parte de tecnologia, quase todos
os dias. Somos levados a pensar que precisamos ter aquilo, e ainda mais, do
modelo mais recente, da melhor marca, com mais recursos, etc. E a situação
financeira não é a mesma para todos mas a vontade de ter acaba sendo a mesma
para várias pessoas! Ainda mais se frequentamos um círculo de amizades com
pessoas com maior poder aquisitivo. Digo isso, pois eu mesmo acabo sendo vítima
quando vejo algo de tecnologia interessante e bem apresentado, mas não consigo
acompanhar, e acho muito difícil alguém que acompanhe todas as novidades
independente da situação econômica, e acabo ficando um pouco frustrado às
vezes.
Mas o que me
“incomoda” mais é ver que muitas pessoas deixam de lado suas necessidades
básicas para tentar acompanhar o ritmo do consumo! Já vi várias vezes, por
exemplo, casas e barracos (sem crítica, apenas exemplificando, ilustrando)
minúsculos, quase caindo, mas com internet, às vezes wi-fi, de qualidade, TV
por assinatura (mesmo que pirateadas), pessoas que passam dificuldades e até
necessidades (de roupas, alimentos, remédios, etc.) com celulares de última
geração (às vezes sem crédito, por não terem condições) e coisas do gênero. Ou
seja, muitas pessoas não conseguem compreender o que é prioridade, o que é mais
importante para si e suas famílias. Sacrificam-se muito, até passando
necessidades para sustentar aparências. E o que é ainda pior é que acabam
passando esse “ensinamento” para seus filhos (gerações seguintes), criando um
número maior ainda de consumistas e que não priorizam suas necessidades.
Confesso que além de ficar
tentado, como já disse, gosto de ter um mínimo de conforto possível e talvez
possa até parecer que tenho muitas coisas ou que tenho a “vista alta”, mas
tenho a consciência tranquila de que não abro mão de nenhuma de minhas
necessidades básicas ou das de minha família para ter esse conforto. Vivo
apertado, mas dentro de minhas condições e possibilidades. Recomendo que as
pessoas pensem melhor em suas próprias vidas e em suas condições e não queiram
ter o que não podem, aparentar o que não tem condições e ser iguais aos outros.
De que adianta ter muitas coisas e não ter saúde, um lugar decente e seguro
para morar alimentação adequada etc.? Priorizem o que merece ser priorizado e
deixem o “extra”, o fútil para depois!
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