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sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Consumismo e Prioridades

     Vivemos, infelizmente, em uma era de consumismo, onde o ter acaba sendo mais importante do que o ser. Somos bombardeados diariamente por comerciais que nos incentivam a consumir e até mesmo achar que precisamos de tudo aquilo que anunciam. Não culpo os publicitários, pois o trabalho deles é fazer as pessoas consumir, mas produtos cada vez de menos qualidade, de maior preço e em grandes quantidades, já que lançam novos modelos, principalmente da parte de tecnologia, quase todos os dias. Somos levados a pensar que precisamos ter aquilo, e ainda mais, do modelo mais recente, da melhor marca, com mais recursos, etc. E a situação financeira não é a mesma para todos mas a vontade de ter acaba sendo a mesma para várias pessoas! Ainda mais se frequentamos um círculo de amizades com pessoas com maior poder aquisitivo. Digo isso, pois eu mesmo acabo sendo vítima quando vejo algo de tecnologia interessante e bem apresentado, mas não consigo acompanhar, e acho muito difícil alguém que acompanhe todas as novidades independente da situação econômica, e acabo ficando um pouco frustrado às vezes.
     Mas o que me “incomoda” mais é ver que muitas pessoas deixam de lado suas necessidades básicas para tentar acompanhar o ritmo do consumo! Já vi várias vezes, por exemplo, casas e barracos (sem crítica, apenas exemplificando, ilustrando) minúsculos, quase caindo, mas com internet, às vezes wi-fi, de qualidade, TV por assinatura (mesmo que pirateadas), pessoas que passam dificuldades e até necessidades (de roupas, alimentos, remédios, etc.) com celulares de última geração (às vezes sem crédito, por não terem condições) e coisas do gênero. Ou seja, muitas pessoas não conseguem compreender o que é prioridade, o que é mais importante para si e suas famílias. Sacrificam-se muito, até passando necessidades para sustentar aparências. E o que é ainda pior é que acabam passando esse “ensinamento” para seus filhos (gerações seguintes), criando um número maior ainda de consumistas e que não priorizam suas necessidades.
     Confesso que além de ficar tentado, como já disse, gosto de ter um mínimo de conforto possível e talvez possa até parecer que tenho muitas coisas ou que tenho a “vista alta”, mas tenho a consciência tranquila de que não abro mão de nenhuma de minhas necessidades básicas ou das de minha família para ter esse conforto. Vivo apertado, mas dentro de minhas condições e possibilidades. Recomendo que as pessoas pensem melhor em suas próprias vidas e em suas condições e não queiram ter o que não podem, aparentar o que não tem condições e ser iguais aos outros. De que adianta ter muitas coisas e não ter saúde, um lugar decente e seguro para morar alimentação adequada etc.? Priorizem o que merece ser priorizado e deixem o “extra”, o fútil para depois!



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