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sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Universos Paralelos: Refúgio num Mundo de Fantasias

     Às vezes busco refúgio em um mundo de fantasias que crio! É como se eu acessasse um universo paralelo onde sou outra pessoa, onde tenho outra vida. Nesse universo paralelo posso fugir das dificuldades da realidade, embora minhas fantasias sempre tenham um “pé” na realidade. Não é que eu não goste de quem e o que sou e de minha vida, amigos, família, etc., mas preciso sair da realidade, do normal um pouco para relaxar, controlar minha ansiedade e não pirar!
     Nessas fantasias, posso ser um atleta famoso de algum esporte, especialmente do que sou bom e adoro, peteca, posso imaginar que esse esporte é bem popular, faz parte de campeonatos importantes como Pan-americano e Olimpíadas; posso imaginar que sou um artista muito famoso e reconhecido, de televisão ou da música, posso imaginar que sou bastante rico e/ou um empresário bem sucedido de diversos ramos. Posso imaginar que conheço e me relaciono com pessoas que nem conheço de verdade, pessoas famosas e que acho interessante, que admiro. Basicamente, posso viver uma “realidade” que seria quase impossível no “mundo real”, algo bem difícil de acontecer de verdade.
     Como eu já disse, todas as minhas fantasias sempre tem um lastro na realidade e dificilmente fantasio algo fora de uma possível realidade como voar, ter superpoderes, etc. Esse tipo de fantasias e imaginação deixo para as histórias que tento escrever.
     Acredito que criei esse mecanismo para fugir por alguns instantes dos problemas e dificuldades reais, para relaxar um pouco e para evitar decepções quando as coisas não saem exatamente do jeito que esperava e/ou queria. O pior é que às vezes recebo um “choque da realidade” que me faz ver que tudo isso que imagino é apenas fantasia e muito difícil de acontecer. E isso acaba me deprimindo um pouco, até eu conseguir recuperar essa fantasia ou “mergulhar” em outra.
     De vez em quando tento contato real com essas minhas fantasias, tentando conhecer pessoas que acho interessantes através de redes sociais e outras ferramentas de comunicação. Às vezes consigo “chegar perto” e alimento mais minhas fantasias de conhecer e me relacionar, ser amigo dessas pessoas.

     Não sei se esse tipo de comportamento é correto e/ou saudável, mas me ajuda a suportar as dificuldades do “mundo real”. Não me condeno e nem condeno quem também utiliza esse método, pois todos nós precisamos de uma “válvula de escape” em nossas vidas!

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