Outro dia estava vendo umas fotos
“antigas” minhas e observando como eu estava/era magro, ou seja, como eu estava
diferente! Não que eu esteja gordo agora, mas não estou tão magro quanto antes.
E me lembrei da surpresa que foi ouvir minha própria voz em um gravador há
bastante tempo. Demorei a “firmar” a voz, mas mesmo assim, me surpreendi com a
diferença! Mesmo hoje me surpreendo quando ouço.
Bom, contei isso para explicar que cheguei
à conclusão de que enxergamos a nós mesmos de forma diferente do que os outros
enxergam! Quando temos a opção de nos ver “por fora” em fotos, vídeos,
gravações de áudio, etc. acabamos percebendo como somos e nos surpreendemos com
essa “imagem”.
Para ser sincero, não sei bem se isso tem
alguma explicação científica e/ou lógica, mas como faço em minhas postagens,
comento o que observo e apresento minhas teorias. Acredito que todo ser humano,
como não se “vê por fora”, independente de pensamentos, imaginação, desejos,
etc., acaba criando uma imagem própria que se torna verdade absoluta até que
surja algo diferente. A gente, às vezes, espera ser de determinada forma e
nossa mente cria a “ilusão” de que somos daquela forma. Lógico que não estou
falando de essência, e sim de aparência! Talvez vejamos aquilo que queremos
ver, aquilo que queremos ser.
Ainda tem a questão de a gente ver,
observar mais o que acontece ao nosso redor, com os outros. É mais fácil a
gente ver as coisas que acontecem com as outras pessoas e como os outros são.
Parece que a gente se preocupa mais com os outros do que conosco mesmos. Não
sei, mas talvez seja porque já “nos conhecemos” e queremos conhecer e entender
os outros para nos relacionar bem.
Ao longo da vida passamos por
transformações, modificações biológicas, cronológicas, culturais, sociais e
isso vai fazendo a gente ficar diferente do que está acostumado. A gente corta
o cabelo de forma diferente, engorda, emagrece, cresce, se veste diferente,
pela moda ou pela ocasião... Dessa forma, como passamos muito tempo sem “nos
ver” por outra perspectiva, “do lado de fora”, com olhos de quem nos vê e não
com os nossos, acabamos por nos assustar com a diferença entre aquela imagem de
momento, atual, com a que temos de nós mesmos na mente.
A verdade é que a gente muda bastante ao
passar do tempo e não se conhece de verdade! Passa a vida toda tentando saber
quem somos de verdade. E como não podemos ficar vendo nossa própria imagem se
modificando e “em tempo real”, quando vemos como somos, pelo menos na aparência
ou em alguma característica “externa” como a voz, nos surpreendemos com a forma
como estamos parecendo para os outros. Acho legal perceber que a gente mudou e
poder refletir se para melhor ou pior. E é bom a gente procurar se ver de vez
em quando com “os olhos dos outros” para tentar corrigir e evitar erros. A
passagem do tempo e as transformações são inevitáveis! E é até legal, pois ser
a mesma pessoa e do mesmo jeito a ida toda seria muito chato!
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