Está sendo discutida em nosso país
recentemente uma Medida Provisória (MP) que promoveria uma reforma no ensino
médio brasileiro. Para deixar claro que o ensino médio corresponde ao “2º grau”,
do “1º ao 3º ano científico” e outras denominações mais tradicionais. Seria
aquele período após a 8ª série (ou 9º ano do ensino fundamental) e a faculdade.
As principais mudanças dizem respeito ao
aumento da carga horária, quase o dobro, o que implantaria o ensino integral e
à mudança da grade curricular, que daria ao estudante a condição de escolher
algumas matérias mais ligadas à sua área de interesse.
Bom, não discuto que alguma coisa precisa
ser feita para evitar que os jovens abandonem os estudos, porém é preciso
analisar melhor e discutir mais a questão. Às vezes se planeja coisas na teoria
que na prática não vão realmente produzir os resultados e efeitos esperados. E
em muitas vezes esquecem alguns pontos muito importantes.
No caso do ensino integral, entendo que
seja um horário integral. Peço desculpas se eu tiver entendido errado! Mas um
horário integral prejudicaria, e muito, estudantes que precisam trabalhar.
Nessa faixa etária dos alunos do ensino médio, muitos trabalham para ajudar em
casa ou para se manter. Aí ao invés de atrair e manter os estudantes, a reforma
os afastaria. Entre a necessidade de trabalhar e o estudo, pois mais que seja
muito importante estudar, o estudante vai claramente optar pelo trabalho, em
raríssimas situações. Vivemos em um país onde trabalhar é muito importante para
o sustento das famílias, especialmente na crise econômica e de desemprego que
vivemos. E para jovens, no início da “idade” de trabalhar, esses empregos são
fundamentais.
Sobre as alterações na grade curricular,
até acho que seja uma boa, já que algumas disciplinas são muito mais teóricas e
não se aplicarão na vida real e prática do estudante. Porém, o que acho
complicado é retirar a educação física das obrigatórias. Ainda mais depois de
uma Olimpíada realizada em nosso país e quando se discute e se fala tanto em
legado dos jogos. Primeiramente com resultados em competições esportivas como
os jogos olímpicos, se não houver incentivo e investimento no esporte, como
acontece nas escolas de China e Estados Unidos, entre outras potências, nunca
teremos resultados melhores. E mesmo na vida “normal” das pessoas, para quem
não é atleta profissional, o esporte é muito importante na saúde e na
disciplina, além de servir como diversão. Concordo que para quem estuda à
noite, por exemplo, é difícil trabalhar o dia todo e ainda fazer exercícios à
noite, mas acredito que isso possa ser discutido e encontrarem uma forma de
conciliar as coisas, um “meio termo”.
Não sou contra e nem a favor, para ser
sincero! Apenas acho que algo assim, que envolva a vida de várias pessoas
precise de mais pesquisas, inclusive com os estudantes e professores, análises,
discussões e estudos. Não se pode simplesmente impor alguma coisa e ver no que
vai dar! É preciso analisar a realidade dos estudantes brasileiros e como as
alterações afetariam em suas vidas! Espero que isso aconteça e que a solução
seja boa de verdade para todos!!!
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