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sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Existem Amizades no Local de Trabalho?

     Fico pensando se é possível existir amizades entre colegas de trabalho no local de trabalho. Acredito que sim! Amizades são muito mais relacionadas a afinidades do que aos locais. Isso sem contar outros aspectos de relacionamentos que não dependem do local e nem da atividade.
     Grandes períodos de convivência e compartilhar experiências criam vínculos entre as pessoas. Vou citar meu caso como exemplo! Passo a maior parte dos dias da semana (segunda à sexta) no trabalho, nem almoço em casa por causa da distância do trabalho e por ser em um local mais afastado. Dessa forma, passo várias horas com meus colegas de trabalho, ainda mais o pessoal do escritório, onde trabalhamos próximos uns dos outros. Dessa forma, ou nos aproximamos e ficamos amigos ou ficamos loucos e não conseguimos nem trabalhar! Além do grande tempo de convivência, compartilhamos diversas experiências e passamos juntos por diversas situações e momentos profissionais e até pessoais e isso nos aproxima. No meu caso, já conhecia alguns colegas de outras oportunidades, o que também facilitou. Com esse conjunto de fatores, a amizade é natural entre as pessoas que mais se identificam, com mais afinidades.
     A aproximação e a criação e manutenção de amizades depende muito da personalidade de cada um e da disposição em fazer amigos, se aproximar das pessoas e deixar se aproximarem. Se a pessoa não der espaço, não der chance dos outros conhecê-la melhor e de conhecer melhor os outros, dificilmente a convivência será positiva e amizades serão formadas. Se são todas "verdadeiras" e "sinceras", pode-se discutir! Eu sou favorável a pensar e torcer para que sim! Logicamente que não podemos ser ingênuos, ainda mais quando se tem menos tempo de conhecimento, de convivência, mas acredito que seja necessário dar uma chance à amizade!
     E além da disposição de deixar as amizades surgirem, há também a questão de como os outros são vistos pela pessoa. Se eles forem enxergados como colaboradores e parceiros, um caminho de possibilidades em termos de relacionamentos positivos surge! Mas se a pessoa os enxergar como adversários, certamente a amizade nunca surgirá e até mesmo a relação de trabalho será prejudicada! Tem gente muito competitiva e que considera todo mundo uma ameaça ao seu posto, ao seu cargo, um obstáculo ao seu sucesso. Dessa forma, todos são alvos e inimigos e não há a menor chance de aproximação. Acredito até que possa haver alguma afinidade e identificação entre essas pessoas e algumas outras, mas acho muito complicado que aconteça e que sejam totalmente verdadeiras.
     Também tem um caso chato das pessoas que têm dificuldade de relacionamento e de se aproximar de verdade dos outros e começa a tentar "minar" as amizades dos outros. Muitos criam intrigas tentando jogar um contra o outro, fazem de tudo para deixar os outros mal, psicologicamente, para ter dificuldades. Isso é muito cruel e covarde, além de dificultar ainda mais para essa pessoa se aproximar. É a política do "se não posso ter, ninguém pode também", onde ao invés de tentar melhorar e conseguir amizades, quer atrapalhar e acabar com as dos outros que existem.
     Acredito que amizades possam surgir em ambientes de trabalho e também acredito que elas sejam benéficas para o trabalho! Quem está feliz, à vontade, tranquilo e se sentindo bem com os colegas, que neste caso são amigos, produz mais! Estar bem no ambiente de trabalho passa obrigatoriamente pela relação com os demais. Assim sendo, se forem seus amigos, facilita bem mais!
     Lógico que criar amizades em ambientes mais “leves” como no futebol, no bar, em passeios, etc., é mais fácil, pois a pessoa já está disposta a conhecer gente nova, a se divertir, está mais relaxada, mais à vontade, natural... Mas é possível sim criar e manter amizades no trabalho, dependendo apenas das personalidades e da convivência entre os colegas. Competir é saudável, mas “atropelar” as pessoas e considerar todas como adversários, só vai afastar a pessoa e criar inimizades, tornando a pessoa mal vista e indesejada, prejudicando até o trabalho, em muitos casos. Repense seus relacionamentos e sua forma de tratar a todos! Amigos são muito importantes e podem ajudar muito mais do que atrapalhar! Basta deixar!



sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Assertividade: Direto ao Ponto

     Ouvi dizer que o mineiro não é assertivo, ou seja, objetivo, claro, direto em suas formas de agir e falar, e acho que concordo! Nós, mineiros, temos o hábito de dar voltas para responder as coisas e é muito difícil sermos mais objetivos. Mas isso não é exclusividade dos mineiros (e nem todos os mineiros são assim!)! Você é uma pessoa assertiva? Se você respondeu sim ou não, provavelmente você seja alguém assertivo! Se respondeu “...depende...” ou “...acho que sim, em algumas situações...”, certamente não é!
     A pessoa assertiva vai direto ao assunto, responde com objetividade, clareza e sem rodeios ou demora. Normalmente a pessoa responde “sim” ou “não” ou algo mais prático e direto. Já a pessoa que não é assertiva tende a dar informações desnecessárias e em grande quantidade. Por exemplo, alguém pergunta “Você está bem?”, esperando apenas um “sim” ou um “não” (neste último caso o assunto continuaria) e a pessoa não assertiva explica todos os detalhes de como está e costuma até contar algo sobre a vida dela. Isso faz o assunto demorar e a outra pessoa pode perder a paciência, além do tempo. E é muito chato as pessoas ficarem “esticando” assunto sem necessidade, ainda mais quando as pessoas perguntam algo por costume e/ou educação. As pessoas não querem uma descrição, detalhes!
     E as pessoas que não são assertivas não só passam muita informação e detalhes em suas respostas, mas também gostam de receber esses dados nas respostas recebidas. Conheço pessoas que vou contar alguma coisa e assim que termino, quando o caso é mais curto, a pessoa me pergunta “E...” ou “Ah!...” esperando que continue. Muitas vezes preciso falar “É só isso!”. A gente acaba ficando até sem graça, pois como a pessoa está esperando uma continuação, algo mais, acaba não compreendo perfeitamente a história e/ou não acha graça do que foi contado.
     Ainda tem os casos em que a pessoa não assertiva responde uma coisa quando perguntada sobre outra. Isso acontece para acrescentar mais informações além do que foi perguntado, mesmo sem querer.
     Tudo isso acaba dificultando a comunicação e o entendimento! Quando se “estica” muito o assunto e se acrescenta muitas informações e detalhes em algo que se está contando, a tendência é que o ouvinte se disperse e/ou perca o interesse na história. Uma piada, por exemplo, se for muito longa e cheia de detalhes na hora de contar, por melhor “humorista” que a pessoa seja, a graça se perde!
     Essas pessoas não fazem isso por mal! É um jeito natural e talvez até um pouco da criação que receberam. Em vários casos, acredito que a maioria, seja por simpatia, querendo ser agradável, demonstrar interesse, atenção pela pessoa e pelo assunto. Volto ao caso dos mineiros, é um jeitinho típico nosso, acolhedor, hospitaleiro. O ideal é analisar como somos e tentar “encaixar” a assertividade e a não assertividade em cada situação, quando puder trazer um melhor resultado! Mas quem der se fosse fácil assim controlar quem e como somos!

11 de Setembro (2015)

HOMENAGEM ÀS VÍTIMAS DOS ATENTADOS DE 11 DE SETEMBRO NOS ESTADOS UNIDOS!!!

PAZ!!!




sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Tempos de Crise

     Falar sobre crise e apontar problemas é bastante fácil quando um país vive uma época como a que estamos e por isso nem queria falar sobre esse tema, mas não posso deixar de comentar, já que envolve e afeta todo mundo!
     Há alguns anos a crise foi séria pelo mundo e o Brasil não sofreu tanto! Mas certamente que as consequências de uma crise econômica nas proporções em que ocorreu chegariam a nosso país em algum momento.
     Tem alguns pontos que eu gostaria de abordar sobre este tema. O primeiro diz respeito à mídia. Realmente nosso país está em crise econômica e política, mas ficar falando e apontando as brigas, “alimentando” a disputa entre as partes (políticas) não ajuda em nada! Logicamente que é importante noticiarem, mas já percebi que em muitos casos querem é colocar lenha na fogueira buscando a maior audiência possível. E os próprios políticos precisavam parar com esse negócio de serem mais inimigos do que adversários! Oposição e situação devem discordar, porém não travar batalhas, guerra, pois isso não é competição. Já passou muito da hora de ter uma real reforma política acabando com esse monte de partidos que são cabides de empregos e só servem para barganhas entre eles!
     Sobre a parte econômica, a meu ver, além dos resquícios da crise econômica mundial que também afeta a Europa, especialmente a Grécia, a má administração dos recursos e o excesso de gastos do governo são fatores que causam e agravam a crise. Há uma política populista, com a intenção de promover o bem social dando recursos às pessoas, ao invés de dar condições para que elas mesmas consigam o sustento. Dessa forma, os vários programas sociais que existem hoje no Brasil acabam sobrecarregando o orçamento do governo, que encontra dificuldades para honrar tantas promessas e projetos sociais. O Pronatec, por exemplo, já apresenta problemas em algumas cidades, onde os professores estão com os salários atrasados. Com a falta de recursos da população, a arrecadação de tributos e impostos, que já é absurda em nosso país, tende a cair, dificultando a obtenção de recursos pelo governo para seus gastos. Daí surge-se um círculo vicioso que só agrava a situação.
     Sobre os gastos do governo, ouvi uma propaganda há algum tempo que dizia que o governo estava fazendo o que uma família faz quando as despesas estão maiores que as receitas, ajustando as despesas. Porém, uma família ajusta as suas próprias despesas e não as dos vizinhos e dos outros! Os ajustes que estão sendo feitos são cortes no orçamento em projetos de infraestrutura, adiamento de pagamento de benefícios como o PIS/PASEP e outras medidas menos populares que afetam a vida do povo e não do próprio governo. O valor que o povo tem pago pela energia elétrica com a tal "bandeira vermelha" e pelos combustíveis é absurdo. Mais uma vez o povo paga pelo mal planejamento do governo e pelos erros deles! Reduzir inúmeros e desnecessários cargos de assessores, secretários, ministros, etc. e benefícios exagerados como auxílio paletó, moradia, reembolso de viagens, etc. são coisas que nem passam nas mentes do governo. Devem-se reduzir as despesas desnecessárias de forma que produza efeitos reais e que não prejudiquem o povo. Mas, contraditoriamente, o governo populista prefere afetar os benefícios do povo a seus próprios benefícios.
     Acredito que esta crise econômica irá passar algum dia, mas tende a demorar pelas soluções que estão sendo tomadas. Já a crise política, como não vejo interesse em resolver, mas apenas em obter poder a todo custo, acredito que não irá passar tão cedo, talvez até piore. E sem contar os escândalos de corrupção que sugam o dinheiro do povo e que não acho que será totalmente recuperado e devolvido, que agravam ambas as crises. O jeito é ir tentando superar as dificuldades e sobreviver às crises e rezando para que alguém que tenha condições (governo) resolva de fato resolver esses problemas a ajudar o Brasil a caminhar rumo à ordem e ao progresso que ultimamente estão presentes apenas na bandeira nacional!