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sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Individualidade Dentro do Casal

     Sou casado há mais de nove anos e me considero feliz e bem casado, graças a Deus. Tenho problemas como qualquer casal, mas nada sério. Não sou especialista em casamentos, pois só conheço bem o meu, pois de outros familiares, como pais, irmão, sogros, cunhados, etc., só acompanho. Mas uma coisa importante eu já observei e gostaria de opinar e aconselhar, sobre a individualidade de cada um dentro do casal e do relacionamento.
     Em um relacionamento, atualmente, tem as fases de “ficar”, namorar, noivar (nem sempre) e casar. Sendo que em alguns casos, os casais pulam etapas por motivos variados. Mas até o casamento, desde que com certo tempo de convívio para se conhecerem bem e planejar a vida juntos, as outras etapas são bem mais simples de se terminar o relacionamento. E mesmo no casamento, muitos terminam sem pensar muito! Bom, o que quero dizer é que relacionamentos precisam de tempo, de conhecimento, convivência e confiança para amadurecer e se consolidar. Vejo nas redes sociais casais que se conheceram há muito pouco tempo jurando amor eterno. Até já comentei sobre isso em outra postagem. Acho muito precoce falar em amor eterno com pouca idade, pouca experiência e pouco convívio entre o casal! Mas, além disso, voltando ao tema desta postagem, me chama a atenção ver perfis do casal, que abandona seus perfis individuais. Primeiramente que é complicado para as outras pessoas saberem com quem estão falando, etc. E o mais importante e perigoso, a meu ver, é a falta de espaço e de individualidade dos membros do casal.
     Neste caso, pode haver motivos diferentes. Um dos que imagino é a questão de imaginar o romantismo de se compartilhar o perfil e tudo que se refere a ele. Outro, menos “bonito”, é a falta de confiança e o medo de conversas com outras pessoas. Neste último, seria uma forma de um vigiar o outro. Existem outras questões de perda de espaço individual dentro do casal que nada tem a ver com redes sociais, mas achei esse um exemplo claro e que ilustra meu raciocínio.
     Creio que os motivos que apresentei se apliquem tanto no “mundo virtual” quanto no “mundo real”! Analisando a questão do romantismo e do compartilhamento, é muito bonito, mas é preciso tomar muito cuidado para que essa “boa intenção” não acabe sufocando o relacionamento! O que parece muito bonito a princípio pode ser uma corda se fechando em torno do relacionamento, evitando o contato de fato com outras pessoas, a oportunidade de viverem novas experiências, de ter coisas novas e “surpresas” para o outro, etc. No caso de vigiar um ao outro, da desconfiança, não existe relacionamento que sobreviva à falta de confiança! O resto tudo desaba quando não é baseado em confiança! E nunca se saberá o que o outro é capaz ou não de fazer, quais os limites e o quanto o outro valoriza e respeita seu compromisso, seu relacionamento, se não houver espaço. É preciso deixar que o outro possa viver sua vida, independente da do casal, para saber quais os limites e quais os pontos em que precisa melhorar e qual o nível de confiança que um tem e/ou inspira no outro.
     A meu ver, é extremamente importante que cada um no casal tenha seu espaço e sua vida próprios. Que cada um tenha sua individualidade estabelecida e respeitada. Um relacionamento sufocado e sem espaço para que cada um possa viver não tem tanto futuro quanto pensam. Se isolar do mundo se fechando em seu relacionamento não é a melhor escolha. Se amanhã o relacionamento termina, o que sobra? Como recomeçar?
     Em resumo, acredito que o casal deva ter uma vida compartilhada e isso é saudável, pois devem se tornar um só, Mas isso não impede que cada um tenha sua individualidade, seu espaço, suas preferências e opções individuais. Não é preciso abandonar a vida pessoal para viver a de casal! São dois vivendo juntos!

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Costumes ou Questão de Respeito

     Outro dia estava debatendo, com alguns amigos, uma questão levantada por um deles. Comentei sobre ela com outras pessoas e o resultado foi o mesmo: opiniões diversas, sem conclusão, e polêmica. Resolvi deixar registrada aqui minha opinião sobre o assunto. A questão era sobre tirar o boné ou o chapéu para rezar, se isso seria ou não uma falta de respeito.
     A partir desta dúvida e dos debates, sem uma conclusão única, passei a refletir o que seria um costume, uma tradição e o que seria falta de respeito. A meu ver, essa questão levantada e outras semelhantes são costumes, uma tradição e não uma falta de respeito. Para mim, Deus enxerga nossa alma, nossa mente e nosso coração e nosso traje ou questão de estar com a cabeça coberta não influencia em nada. Questão de vestes não é importante que a questão da fé e do “interior” da pessoa!
     Logicamente que existem situações específicas que precisamos observar! Você não deve ir à Igreja de chapéu ou de boné, mas se chegar aí, não vejo problema, não vejo como falta de respeito. Também se deve observar a questão do tipo e do tamanho das roupas nesses ambientes. Não sou “careta”, antiquando ou rigoroso, apenas acho que existem alguns tipos de roupas que não devem ser utilizadas em alguns ambientes. Por exemplo, uma moça que vá à missa com uma minissaia muito curta, não seria uma falta de respeito, mas chamaria a atenção, principalmente dos homens presentes, tirando a atenção da celebração em si e provocando pensamentos “divergentes” do ambiente, do evento e da situação daquele momento. Se alguém vai a uma celebração, que é algo mais sério e de respeito, como uma missa, deve evitar chamar a atenção e provocar as outras pessoas de qualquer forma. Até as outras mulheres seriam provocada por este caso, pois iriam observar e julgar aquela moça. Não seria uma falta de respeito, mas uma questão de evitar problemas.
     Sobre a questão de costumes e tradições, vejo na religião, uma fonte bem vasta deles. Por exemplo, existem vários momentos durante as celebrações em que se deve ajoelhar ou responder, e outros em que, liturgicamente, não há. Mesmo assim, pessoas que foram acostumadas a fazer algo durante sua vida, acabam fazendo até hoje, mesmo não sendo necessário e com outras pessoas dizendo que não é preciso. Meu pai, por exemplo, tem seus costumes e tradições durante a missa que não são necessários. Mas vejo tudo isso como parte da fé dele e muito longe de ser uma falta de respeito ou desafio às doutrinas da igreja. Até acho que já comentei com ele que algumas coisas não são necessárias, mas não o corrijo e nem forço ele a parar. Para ser sincero, aprendi algumas coisas com ele que acabo repetindo. Não acho que Deus vá ficar chateado conosco por rezar alguma oração que deveria ser só o celebrante ou algo assim.
     Da mesma forma, existem outros costumes e tradições no dia-a-dia das pessoas que não prejudica a ninguém e é algo que deixa a pessoa que faz mais feliz, tranquila, de consciência limpa. Ou que deixe a pessoa mais à vontade. Outro dia, por exemplo, comentaram sobre participar de algumas reuniões e eventos de bermuda e/ou camiseta regata. Ando bastante com esses trajes, pois sou “calorento” e me sinto muito mais à vontade e tranquilo vestido assim. Nunca me vesti assim com intuito de aparecer ou desrespeitar alguém ou alguma instituição ou evento. Já ouvi que esse tipo de traje é um tipo de “descaso” com o evento. Logicamente que não me visto assim em qualquer evento ou reunião, apenas em ocasiões informais. Ainda mais na época de calor!
     E como eu disse que já comentaram sobre qual seria o traje correto para essas reuniões e eventos, tem muita gente que quer determinar que os outros sigam seus costumes, tradições e pensamentos. Eles não aceitam a forma de pensar, ser e agir do outro, não aceitam as diferenças. Já comentei muito sobre esse tema em outras postagens. Esse julgamento e a forma de querer impor o que acham correto vão contra o que diz a bíblia! Em uma passagem, Jesus responde a quem o questiona que alguns costumes e tradições dos mestres da lei eram coisas dos humanos, do homem, e não de Deus. Ou seja, Deus não se importava com isso, pois o importante era o “coração” de cada um!
     Bom, acredito que esses costumes e tradições devam ser respeitados e seguidos por quem achar correto! Só não correto e justo quere impor e julgar quem pensa diferente. Cada pessoa tem um jeito e não consigo imaginar Deus “virando as costas” para alguém simplesmente pela roupa e pelos acessórios que vestia no momento da oração. E nem vejo que a eficiência de alguém em um evento, uma reunião, seja prejudicada por sua forma de vestir. Acho que tem coisa muito mais importante!

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

13/01/2017 - SEXTA-FEIRA 13


Eu Sou Assim...

     Ultimamente tenho ficado estressado com o comportamento de algumas pessoas que participam dos mesmos grupos de atividades e tarefas que eu, tipo grupos da igreja, projetos sociais, etc. Percebi que estou tendo estes problemas pelo fato da minha personalidade, do meu jeito de ser, pensar e agir. Esse meu estilo vai contra a forma como muitos “participantes” agem nas atividades em que estou envolvido.
     Sou um tipo que emite a opinião, com educação e respeito, mas que não deixa de se expressar. Seja com quem for, quando for e onde for, se precisar, eu falo o que tenho que falar. Não sou de baixar a cabeça e aceitar o que não concordo ou não compreendo de qualquer jeito. Para que eu mude minha opinião e não debata e nem questione nada, é preciso que me esclareçam bem a situação e com bons argumentos. O tal do “porque sim” e do “porque é assim”, não me convencem! Da mesma forma, apresento os melhores argumentos que eu possuir para justificar minha posição e/ou minha dúvida. Não deixo de opinar, questionar e me expressar só por medo ou para agradar alguém. Sou sincero e persistente até conseguir resolver a questão. Aliás, enquanto não resolvo algo que me incomoda, aquilo fica “martelando” na minha mente e mesmo que não fale nada com ninguém, fico chateado enquanto não resolvo definitivamente. Fico pensando, remoendo e programando uma forma e um momento para solucionar aquilo. Depois que consigo resolver, deixo aquilo para trás e não carrego mágoas, raiva, etc. Ou seja, enquanto existir algum mal entendido que me envolva direta ou indiretamente, não fico tranquilo.
     Julgo que sou extremamente hábil para trabalhar em equipe, aliás, prefiro trabalhar assim a sozinho. Porém, como tenho personalidade forte, não aceito qualquer coisa, de qualquer jeito. E tenho minha forma de pensar e enxergar o que é liderança, coordenação e quais os procedimentos e comportamento das pessoas nessa situação. Vejo liderança e coordenação como um ato de organizar as atividades e motivar as pessoas e não simplesmente decidir como vai ser e impor a decisão. Quando isso acontece e vejo que não possibilitam espaço para trocar ideias, debater pensamentos e opiniões, fico muito chateado e isso me incomoda muito! Quando eu tenho a possibilidade de estar na liderança ou ser coordenador de alguma coisa, tento ao máximo dar espaço aos outros.
     Outra característica minha é que não consigo ver algo a ser feito ou mal feito e não tentar resolver. Não sei deixar algo que precisa ser feito para depois, esperando que outro faça ou que algo aconteça, que “caia do céu” a solução. Sou um cara prático, direto, objetivo. Sempre penso uma forma de resolver as coisas e tento resolver. Procuro sempre enxergar os pontos positivos das situações e as possíveis soluções e não o lado negativo e os problemas. Não que eu ache que as coisas vão dar errado, mas procuro pensar soluções e formas de fazer para que corra tudo da melhor forma possível. Tento prevenir para não ter que remediar.
     E sou um cara bem tranquilo e humilde, mas desde que me tratem com educação e respeito. Se me tratam mal de alguma forma, “meu sangue ferve”! Aí volta naquela situação que mencionei, de ter que resolver aquilo para que eu não fique incomodado. No momento, procuro manter a calma e não brigar e nem discutir com ninguém, mas deixo claro o que estou pensando e como me sentindo e algumas vezes até falo algo com a(s) pessoa(s). Sou bem verdadeiro e transparente, as pessoas vêem o que e como sou! Não faço personagens ou finjo para agradar alguém. Também não fico bajulando ninguém! E não tenho a menor dificuldade e vergonha de reconhecer quando estou errado e pedir desculpas e voltar atrás!
     Ainda tem um importante detalhe: detesto responder perguntas óbvias (tipo o personagem “Fernandinho”, do Zorra Total, por último, “Pergunta idiota, tolerância zero!”) e responder a mesma coisa várias vezes.
     Bom, alguns acham que falo demais (e acho que falo mesmo!), outros dizem que apelo muito, outros que sou “briguento” e/ou chato, mandão, etc. Mas na verdade só tenho personalidade forte e sou de opinião. Acredito no que sei, no que quero e no que sou capaz. Defendo o que acredito e o que penso e faço isso não para desafiar ou desrespeitar ninguém e nem nenhuma hierarquia, apenas para deixar marcada e defendida minha posição. Vou sempre tentar ser melhor e conseguir o melhor! Se isso incomodar a alguém, sinto muito! Ninguém é obrigado a me aceitar ou a conviver comigo, mas quem quiser, precisa me compreender, pois eu sou assim!

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Terror nos Presídios Brasileiros

     Nesta última semana vimos as notícias de rebeliões e massacres nos presídios na região Norte do Brasil. À medida que as notícias iam surgindo, os detalhes, foi como se estivesse assistindo a um filme de terror! Quantas mortes e quanta crueldade usaram! E essas rebeliões e massacres eram uma tragédia anunciada!
     O sistema prisional brasileiro já está falido há muito tempo! Aqui no Brasil, as prisões são apenas “depósitos” de bandidos. Não se recupera ninguém e nem se pune adequadamente. Misturam-se bandidos violentos e perigosos com quem cometeu crimes mais leves. Isso acaba criando uma “universidade do crime”. Lá dentro, pelo que ouço falar, ou a pessoa se junta a uma facção ou é morto, agredido, etc. Dessa forma, ou a pessoa aprende a ser mais violento e perigoso ou sofre e morre. Com isso, “criam-se” bandidos cada vez mais perigosos e que fazem de tudo para manter seu poder dentro das prisões. Em meio a essa luta por poder entres as facções, acontecem rebeliões, violência, mortes e massacres como esses. E para demonstrar mais poder, precisam demonstrar mais crueldade, para se impor pelo medo.
     As leis no Brasil também não ajudam! Para mim, e já disse antes, crimes hediondos como assassinato, estupro, pedofilia e sequestro deveriam punidos automaticamente com prisão perpétua com trabalhos forçados. E por trabalhos forçados digo consertar carteiras escolares, plantar hortas para alimentar quem precisa e coisas do gênero, pois não acho justo que quem trabalha e respeita as leis pague para sustentar os bandidos presos. Também não acho justo que se pague pensão às famílias dos presos em qualquer situação, pois seria como dar um prêmio a quem fez algo de errado. Em alguns casos, muito específicos e bem analisados, poderia haver o pagamento da pensão. E indenizar as famílias das vítimas desses massacres rapidamente por ser responsabilidade do Estado também não é correto, a meu ver. O Estado tem sim que ser responsabilizado pela incompetência, mas porque agilizar só para eles enquanto vários outros casos se arrastam e outros nem recebem nada? A previdência só está falida para o povo “honesto”? Bandidos têm família e eles sofrem, mas eles pensaram nesse sofrimento antes de cometer os crimes?
     Já passou da hora de ocorrer uma reforma séria e eficiente nas leis e no sistema prisional no Brasil! Implantar um método de recuperação e reeducação para os bandidos e conscientização para a sociedade. Investir em educação e esporte, além de apoiar as bases familiares. Agora para aqueles bandidos mais violentos e perigosos, acho que deveriam ficar trancados o resto da vida. Dessa forma, eles seriam retirados da sociedade definitivamente e os outros teriam “medo” de uma punição severa e, teoricamente, evitariam cometer crimes. Seria muito interessante investir na construção de presídios mais modernos, seguros e amplos, para dar segurança e o mínimo de conforto aos presidiários. Talvez parcerias com empresas sérias e com fiscalização constante e rigorosa do governo poderiam surtir efeito neste sentido.
     E as autoridades também precisam ser mais sérias, profissionais e competentes! O Estado do Amazonas pediu ajuda para controlar a situação de seus presídios e o Governo Federal, através do Ministério da Justiça negou. Depois o ministro da justiça ainda teve a cara de pau de negar esse pedido de ajuda, o que foi provado com a apresentação do ofício enviado pelo Estado do Amazonas. E a burocracia brasileira também é complicada! Porque não utilizar a Força Nacional de Segurança e até as Forças Armadas para dar segurança em todos os sentidos e em todas as áreas ao povo brasileiro? Pura burocracia e bobagem!
     Bom, infelizmente essa não foi a primeira e nem será a última vez que coisas assim acontecerão! Ainda tenho esperança de que as pessoas se conscientizem de que é melhor não entrar na vida do crime e nem tentar conseguir as coisas facilmente! E que as autoridades e as leis brasileiras sirvam realmente para resolver as coisas! Que Deus tenha piedade das almas de quem partiu e dos familiares e amigos que ficaram! Eles erraram, mas a vida é mais preciosa e valiosa que tudo!

domingo, 1 de janeiro de 2017