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sexta-feira, 31 de julho de 2015

Ambição e Inveja

     Sempre ouço as pessoas falarem: “Fulano é muito ambicioso” ou “Fulano não tem ambição nenhuma!”. Fiquei pensando se ambição é uma coisa boa ou ruim! Cheguei à conclusão de que depende do conceito e do ponto de vista de cada um.
     Pode ser algo de bom quando a pessoa tem ambição de melhorar, aprender, crescer pessoal e profissionalmente.
     O que é ruim é quando a pessoa deixa que a inveja se misture à ambição e tudo que ela faz e quer na vida é subir, crescer, sem se preocupar com limites, ética e direitos dos outros. É capaz de qualquer coisa para isso, desde ficar “puxando saco” até “puxar o tapete” dos “concorrentes” para alcançar seus objetivos. Isso é inveja e não ambição! Muitas vezes ocorre por incapacidade de uma pessoa alcançar o mesmo objetivo, a mesma conquista de outra ou por medo de tentar, achando que não consegue. Quando se pensa assim, que não vai conseguir, muitos tentam derrubar o outro, para que não se sinta “diminuído” frente ao outro. Se o outro “cair”, não é necessário “subir”!
     As pessoas às vezes esquecem que cada pessoa tem um talento, um dom e que não é preciso que todos cheguem aos mesmos lugares, às mesmas conquistas para ter sucesso. Se não está conseguindo alcançar o que espera, talvez esteja tentando o objetivo errado, talvez o caminho esteja errado. Talvez se tentar outra coisa, consiga até mais sucesso do que esperava antes.
     Já ambição no sentido de desejo, vontade de ser melhor, de vencer, é, a meu ver, uma coisa boa e até saudável, pois estimula a pessoa a se esforçar, a aprender, a estar sempre tentando melhorar. Por exemplo, tenho vontade de crescer profissionalmente, ser um bom profissional, valorizado e reconhecido. Não acho que esse meu pensamento, meu desejo seja ruim, pois quero chegar lá sem passar por cima de ninguém, trabalhando duro e como consequência do meu trabalho. Quem ambiciona algo melhor pode até ter alguém como modelo, objetivo, e não com adversário ou obstáculo. Alguém em que admire e se espelhe para tentar o sucesso.
     Já ouvir certo ditado popular que diz que sentir ódio (ou inveja, que também pode se aplicar neste raciocínio) de alguém é a mesma coisa de uma pessoa beber um veneno e querer que a outra morra. Ao invés de ficar olhando e querendo o que o outro tem e/ou é, busque descobrir qual o seu dom, no que você é bom e tente ser o melhor possível, independente dos outros. Vença por você, por seus méritos! Somos todos capazes!

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Polêmica da Energia Elétrica

     Em 2010 a Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica, através de sua Resolução Normativa n.º 414, especialmente em seu artigo 218, “transfere” os pontos de luz das cidades (postes, etc.) para os ativos das prefeituras. Dessa forma, a responsabilidade por manutenção e reposição fica a cargo das prefeituras e não mais das concessionárias de energia. Apesar de essa Resolução Normativa ser de 2010, apenas agora seus efeitos começaram a surgir em minha cidade, acredito que pelos prazos de entrada em vigor da Resolução.
     Antes, quando surgia um problema como lâmpada queimada, quebrada ou algum outro destes problemas na rede pública de iluminação, deveríamos entrar em contato com a concessionária, no meu caso a CEMIG (Companhia Energética de Minas Gerais) para a solução. Hoje, precisamos procurar a Prefeitura Municipal. As prefeituras, especialmente de cidades pequenas como a minha, não tem pessoal preparado para isso, nem em quantidade e nem em formação. Com isso, de tempos em tempos vem um pessoal, acredito de uma empresa terceirizada, para resolver as várias reclamações registradas pela Prefeitura. Dessa forma, ficamos algum tempo sem atendimento e nem sempre dá tempo de resolver tudo!
     Até concordo que as prefeituras poderiam auxiliar, em parceria com as concessionárias, na manutenção da iluminação pública, já que pagamos a “contribuição para a iluminação pública”, porém não acho correto que fiquem responsáveis sozinhas pelo trabalho. A meu ver, é transferir a responsabilidade para os outros! A história das “bandeiras” que aumentam o valor de nossas contas fica a cargo da Aneel e das concessionárias enquanto que o trabalho de manutenção da rede pública de iluminação fica para as prefeituras. Não acho que as prefeituras sejam incompetentes e/ou incapazes de administrar os pontos públicos de luz, mas essa decisão sobrecarrega as prefeituras que nem sempre tem pessoal preparado, como eu disse anteriormente, para isso e nem demais recursos necessários. Dessa forma, as prefeituras ficam sobrecarregadas, os consumidores sem o atendimento adequado e as contas só aumentando.
     Agora a CEMIG disponibilizou um 0800 (0800 090 0300) para ligações a respeito destes problemas, mas nem sei muito bem como funciona e nem se é a solução! Ainda aposto mais na parceria! Acho que se trata de uma decisão tomada sem analisar realmente as consequências! Não estou julgando e nem criticando as prefeituras, apenas constatando que essa Resolução dificulta a situação das prefeituras e qualidade da iluminação pública.
     Apesar de já ter algum tempo em que esta decisão está vigorando, acredito que ainda possam conversar e decidir algo mais real e eficiente para as concessionárias de energia, a Aneel, as prefeituras e, principalmente, os consumidores!


sexta-feira, 17 de julho de 2015

Amizades e Decepções

     Você chega em um lugar novo e fica meio sem graça, tentando conversar com as pessoas, mas de forma mais reservada, discreta. Com o passar do tempo, as conversas vão ficando mais comuns, descontraídas... A partir daí começa-se a encontrar pontos em comum, a viver experiências em comum, a conhecer melhor o outro e suas histórias de vida. Aí sim começam as amizades!
     Logicamente que existem outras formas e motivos para se iniciar uma amizade, mas, a meu ver, assim é a forma mais comum. Além disso, parando para refletir, é a que mais me trouxe amigos. Isso e o fato de termos amigos em comum que nos apresentam, quebrando um pouco o gelo e com o tempo a intimidade e a liberdade vai crescendo e surge novas amizades, ramificações das que já existiam. A gente descobre pessoas novas, interesses novos e aprende muito!
     As redes sociais funcionam no mundo virtual mais ou menos dessa forma. “A” conhece “B” que conhece “C” e assim sucessivamente. Um dia “A” encontra “C” na página de “B” e decide conhecer melhor. Envia um convite e começam a conversar até se tornarem amigos e essa corrente vai prosseguindo e crescendo. Na vida real, isso acontece bastante!
     Logicamente que nem tudo são flores! Às vezes pessoas que você conhece e julga amigos, importantes para você e que você é importante para elas demonstram o contrário e te decepcionam. Já tive casos em que pessoas que “cresceram” comigo e/ou que viviam falando que eu iria participar de momentos especiais se esqueceram de mim nesses momentos. Não é questão de ir a eventos, mas de ser lembrado e considerado pelas pessoas que você gosta e considera. Mesmo de alguns familiares que eu considerava importantes (mesmo mais distantes em grau de parentesco) e que fiz questão de que participassem de momentos especiais de minha vida acabaram me decepcionando. Confesso que fiquei chateado, pois não esperava!
     Também preciso comentar que de alguns que não esperava nada, pela distância e/ou falta de contato, me surpreenderam positivamente, mostrando que ainda se lembram de mim e me consideram importante para participar de suas vidas.
     Infelizmente a vida e os relacionamentos são assim! O importante é que a gente aprenda a conhecer bem as pessoas e a não se esperar demais das pessoas para não se iludir e se decepcionar depois. Eu me apego muito as pessoas e acabo me decepcionando e sofrendo com fatos assim! Mas também encontrei várias pessoas legais e bons amigos! O jeito é ir tentando e receber as boas e más surpresas que a vida tem reservadas!

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Adoção de Crianças por Homssexuais

     No “Fantástico” do dia 05 de julho de 2015, no quadro “Vai Fazer o Quê?”, apresentaram uma situação polêmica e interessante, que me fez pensar. Dois homens, homossexuais teriam adotado uma criança e estavam recebendo críticas de uma suposta amiga deles no parquinho enquanto passeavam com a criança. A intenção era observar a reação das pessoas próximas.
     Sobre o quadro em si, todas as pessoas defenderam a adoção e apoiaram os dois homens, ficando contra a mulher. Ou seja, neste resultado as pessoas mostraram não ser tão preconceituosas. Analisando este resultado, podemos tirar um ponto positivo de que o preconceito está diminuindo, porém não é tudo que observei. Em público (no parquinho, mesmo sem saber que se tratava de uma reportagem e que estavam sendo filmadas), as pessoas tendem a ocultar seus preconceitos, para parecerem modernas, abertas, conscientizadas, politicamente corretas, etc. Assim sendo, não fico tão iludido achando que não existe mais preconceito, mas prefiro acreditar que as coisas estão mudando para melhor!
     Já sobre o fato de pessoas do mesmo sexo adotarem filhos, é algo polêmico, mas que merece uma análise mais atenciosa e calma. Concordo que não deve ser fácil para uma criança crescer com dois pais ou duas mães, sofrendo o preconceito dos outros, as gozações dos amiguinhos e as demais dificuldades que já sabemos. Neste ponto, acredito que com muito amor, paciência e apoio, inclusive de profissionais (psicólogos, por exemplo), é possível superar as dificuldades. A meu ver, é muito pior para uma criança viver sozinha, abandonada ou explorada por qualquer um, independente da opção sexual, raça, religião, etc.
     Dessa forma, não sou contra que “casais” de pessoas do mesmo sexo adotem crianças. Acho que um lar que tenha amor, respeito, cuidado e atenção é um bom lar para uma criança e uma boa base para criar um bom cidadão, uma boa pessoa. Acho que devemos analisar muito mais o caráter e a forma que as pessoas vivem do que sua opção sexual, credo, raça ou qualquer outro “detalhe”. Muitas crianças ficam anos e anos esperando para ter um lar e as famílias chamadas “normais” não dão isso a elas. Tudo fora do “padrão normal” da sociedade causa espanto e muitas pessoas têm dificuldades de aceitar o que é diferente. Mesmo sendo diferentes de mim, aprendi a respeitar! Acho mais difícil aceitar e conviver com crianças abandonadas e exploradas, sem amor e respeito do que dois pais ou duas mães em uma família. Acho que o conceito de família deve ser de uma reunião de pessoas que se amam, se respeitam e se cuidam e não de pai, mãe e filho(a). Amor não deve ter essas barreiras! Precisamos vencer o preconceito em nome uma vida melhora para todos!


sexta-feira, 3 de julho de 2015

Redução da Maioridade Penal

     Mais uma vez preciso falar sobre este tema! Já deixei bem claro que sou a favor e apresentei várias justificativas. Nesta semana, os deputados aprovaram a redução da maioridade penal para 16 anos em casos de crimes contra a vida, como estupro, latrocínio e homicídio. A votação foi polêmica, com manifestações contra e a favor e alegam que a forma como foi votada foi incorreta e que a votação deverá ser anulada. Não estou aqui defendendo partidos ou lados políticos e nem entrando no mérito da votação, se foi correta ou não, apenas quero reforçar minha opinião apresentando mais argumentos e justificativas.
     Primeiramente, acho que apenas crianças muito jovens são incapazes de compreender o que é realmente errado, um crime! Hoje em dia, a informação é muito mais difundida e as novas gerações estão cada vez mais inteligentes, conectadas e informadas sobre diversos assuntos. Mesmo eu, de uma geração anterior, sempre soube o que era crime, o que era errado, sempre soube que não posso roubar, matar, etc. E as pessoas conhecem as leis mais básicas, independente de ser jovem ou mais velho. Dessa forma, idade não é desculpa para alegar que não sabe o que faz! E questão de responsabilidade, alguém de 16 anos não pode responder criminalmente como adulto, mas pode votar. Irônico, não?
     Outro detalhe é observar que as vítimas sofrem independentemente da idade do agressor/criminoso. O casal assassinado por um menor há algum tempo atrás, pelas costas e sendo que a mulher foi violentada vários dias antes de morrer, aquele médico que foi assaltado e assassinado na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, são apenas alguns casos que servem de exemplo para mostrar que crueldade e brutalidade fazem parte do caráter da pessoa e não dependem de sua idade.
     Há ainda outro aspecto importante: os maiores de idade utilizam os menores para cometer os crimes na certeza da impunidade. Lembram do caso do jovem torcedor boliviano morto por um rojão atirado por alguém da torcida corintiana na Libertadores de 2013? Apresentaram um menor aqui no Brasil que alegou ter feito o disparo do rojão e a história ficou por isso mesmo. E os famosos “aviõezinhos” do tráfico? É o primeiro “cargo” que os jovens recebem no mundo do tráfico e a partir daí entram na vida de crime.
     Falam que é preciso melhorar a educação e dar oportunidades aos jovens e até concordo, mas além de isso ser uma solução mais a longo prazo, será que todos os criminosos começam por falta de condições, de opções? E pobreza e dificuldades não são motivos e nem desculpas para se cometer crimes. Muita gente passa por muitas dificuldades e se mantém no caminho certo.
     Quem não faz nada de errado, procura ser bom e honesto, não precisa se preocupar com esta lei, já que em qualquer idade estará tentando fazer o correto. Respeito a opinião de quem é contra, mas não aceito que fechem os olhos para tudo isso que citei e transformem essa discussão em algo de interesse político, partidário. Ou que queiram se aproveitar de assunto tão sério e grave para aparecer, ficar protestando para fazer bonito e criar polêmica! Os menores de idade que eles defendem hoje, podem cometer algum crime contra eles ou suas famílias e amigos um dia! Será que já pensaram nisso? Quem comete crimes, dever ser punido! A meu ver, só assim as coisas vão melhorar no combate à violência!