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sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Grudou que nem Chiclete

     Já repararam que muitas vezes uma música fica “passeando” por nossa mente e a gente fica cantarolando ela, mesmo que nem goste? Parece que, como dizem, “gruda que nem chiclete”! E o mais engraçado é que por mais que tentemos evitar, a gente “gruda” ainda mais essa música na mente.
     Outro dia uma amiga me disse que não consegui tirar uma música da cabeça, que alguém havia comentado com ela. Daí fiquei lembrando que isso também acontece comigo de vez em quando especialmente no carnaval. Aliás, preciso ressaltar que a Ivete Sangalo tem o “poder” de me convencer a gostar das músicas dela (a grande maioria) de tanto ouví-las repetitivamente (Kkkk)! Não sei ao certo porque isso acontece, já que não sou pesquisador, psicólogo ou cientista, apenas um curioso que gosta de refletir sobre as coisas, mas acredito que isso seja uma tendência natural de imitar o que os outros fazem o que é “popular”. Lembro-me de ter ouvido certa vez que o ser humano tem a tendência natural de imitar os outros como acontece no caso do bocejo, por exemplo, que viria de nossos ancestrais macacos. Partindo desse raciocínio, acredito que tanto a gente ouvir uma música, de tanto ver outras pessoas cantando e gostando, assistindo na TV, ouvindo no rádio, etc. acaba que nosso cérebro parece gravar que aquilo é importante pra gente se “enturmar”, relacionar bem com os outros, ou seja, “entrar na moda”!
     Se este meu raciocínio estiver correto, é mais um ponto que comprova minha teoria de que o ser humano é um ser social, que precisa socializar com outros, tendo uma necessidade até involuntária de agradar os outros e participar do contato com os demais da forma que for.
     Na verdade, esse tipo de “pesquisa” não teria a menor importância frente à tantas outras mais sérias, como sou curioso, fico refletindo e criando teorias sobre tudo! O que sei é que não acredito que haja um “remédio”, uma forma de se evitar isso de ficar com uma música “grudada na cabeça da gente”. Assim sendo, mesmo que isso nos dê raiva, o jeito é ir cantando para tentar relaxar e ver se passa esse “grude”, ou se pelo menos esquecemos um pouco as músicas que não gostamos e começamos a cantarolar as que preferimos! De qualquer forma, “quem canta seus males espanta”!

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Divisões do Ser Humano

     Todo ser humano é igual! Muita gente diz isso, mas, infelizmente, vejo que na prática não é assim. O ser humano parece ter a tendência de se dividir em grupos e combater os demais. Esses grupos são rótulos que as próprias pessoas colocam em si e nas outras, tais como brancos e negros, católicos e evangélicos, jovens e velhos, homens e mulheres, casados e solteiros, dentre tantos outros. Alguns, nem imaginamos que sejam rótulos, grupos, divisões.
     Para ser sincero, acredito que a “formação” desses grupos é uma forma que as pessoas têm de se sentirem aceitas. Isso, a meu ver, é bem engraçado, pois para se sentir parte de algo, incluído, aceito, “é preciso” que se excluam outros! Pois se todos puderem participar da mesma coisa, essa não se torna tão especial e “perde-se a graça” em fazer parte para se sentir aceito.
     Até que fazer parte de alguns grupos é natural a meu ver, como torcida de um time de futebol, funcionários de uma empresa, membros de uma família, etc., porém o que acho prejudicial e desnecessário é ficar competindo com os outros grupos. Muitos têm a idéia de que para se sentir bem é preciso ser melhor que os outros, ou que seu grupo seja considerado melhor que os demais. Ao invés de interagir e tentar aprender e evoluir com os outros ficam tentando desmerecer e acabar com os “rivais” para que seu grupo fique sempre no topo. Acho essa necessidade muito ridícula! E muitos conflitos, até mesmo os mais sérios como as guerras, surgem de comportamentos assim associados à intolerância.
     Para ser bom não é preciso acabar com os outros, apenas tentar melhorar, aprender, evoluir, às vezes tomando outros grupos e pessoas como exemplo e tentando fazer isso junto. O que dá mais resultado não é dividir, mas sim se unir. Ao invés de ficar se dividindo em grupos e alimentando rivalidade, intolerância e competitividade “errada”, a humanidade deveria aprender a dividir amor, respeito, tolerância e mais coisas positivas!
     Um dia, espero, as pessoas compreenderão que não precisam fazer parte de um pequeno grupo, ou vários, para serem aceitas e que todos nós já fazemos parte do maior grupo que é o da humanidade, da vida e que a competitividade deve ficar apenas nos esportes e competições assim! Ao invés de dividir, vamos todos somar!

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

O Poder do Poder

     Não é de hoje que se comenta que o Brasil precisa de reformas política, tributária, penal, etc. Ainda mais em ano de eleição como 2014. E eu sou um dos que mais concordam, mas acho que isso não irá acontecer tão cedo! Não é pessimismo, apenas “realismo” fruto da análise da situação do poder no Brasil.
     Basta um simples raciocínio: quem “faz as regras”? Os políticos (deputados, senadores, vereadores etc.). Quem se beneficia com o atual sistema do Brasil (político, tributário...)? Os mesmos! Ou seja, legislando sobre assuntos de interesse deles, que envolvem interesses e situações dos próprios, dificilmente acontecerá alguma mudança!
     Digamos que a população decida apresentar um projeto de lei, como aconteceu no caso da ficha limpa. Há uma grande mobilização todo um longo e burocrático processo para se chegar a apresentar o projeto de lei. Quem é que decide no final? Os políticos! Novamente acho difícil que mudem uma situação favorável a eles. A própria lei da ficha limpa acabou ficando cheia de brechas e praticamente não adiantou muita coisa. Ou seja, na prática, o poder está nas mãos de quem já tem o poder!
     Imaginemos outro exemplo para ilustrar meu raciocínio: alguém decide se candidatar para tentar mudar a situação. Por mais honesto e competente que este alguém seja, vai precisar de aliados, acordos, apoio e também dinheiro para conseguir se eleger. Ou seja, uma pessoa simples, sem os “contatos certos” dificilmente conseguirá “chegar lá”! E mesmo que consiga, para aprovar alguma mudança algum de seus projetos, por mais intencionado que seja e esteja, será necessário ter outros acordos e apoios para conseguir, devido à quantidade de deputados, senadores, vereadores e de votos necessários para tal. Isso sem contar com a burocracia “natural” desse processo e o fato de precisar da aprovação do Executivo (Presidente, Governador, Prefeito...).
     Para que se mude algo, é preciso que exista bastante gente que já “tem o poder” esteja interessada na mudança, o que não acho fácil, já que as regras atuais dão muitos benefícios aos próprios legisladores. E até mesmo investigar, apurar e punir casos de corrupção entre eles é função deles mesmos, ou seja, normalmente não acontece nada, já que muitos se protegem.
     Infelizmente vejo essa situação do “poder que o poder tem” com certo desânimo, mas com um fundo de esperança de um dia a consciência de quem pode fazer alguma coisa mostre o caminho certo e as coisas melhorem! Podemos tentar algo votando direito, mas mesmo assim, com esse atual sistema eleitoral/político, onde nem sempre elegemos que realmente votamos, não acho fácil! O jeito é acreditar e ir tentando!

domingo, 7 de dezembro de 2014

Bodas de Esmeralda (40 Anos de Casados) de José Jorge e Vilma

     Os relacionamentos de hoje em dia, em geral, não duram muito e chegar a uma marca de vários anos juntos não é para qualquer um! Quando se toma a decisão de se compartilhar a vida com outra pessoa, tem que se ter coragem para se arriscar em uma vida nova, força para superar as dificuldades, confiança para manter o bom relacionamento, companheirismo para consolar um ao outro, liberdade e amizade para se falar de tudo e, acima de tudo, amor, muito amor verdadeiro para querer ficar cada segundo pelo resto da vida com o outro. E tudo isso, sem dúvida faz parte da vida e do relacionamento de vocês! Vida e relacionamento que nos orgulham e nos servem de exemplo para seguirmos!
     Mais do que um relacionamento, o matrimônio é a continuação de nossas famílias e o início da construção de outras. No momento em que se uniram, uniram suas famílias e começaram a criar a nossa. Primeiro os filhos, depois as noras e mais adiante a neta. Todos nós sempre recebendo lições de amor, respeito, união, companheirismo, amizade, família e tantos outros valores positivos. Desde sempre vocês se sacrificam por nós, abrindo mão, às vezes, de si mesmos para nos ver felizes! Sabemos que podemos contar em qualquer situação e a qualquer momento com vocês!
     Não sabemos se, quando começaram há 40 anos, imaginaram chegar a este ponto da caminhada, mas chegaram! Hoje nos reunimos para celebrar esta linda e importante data, mas acima de tudo para agradecer! Agradecer primeiro a Deus por tê-los colocado no caminho um do outro e por nos tê-los dado como família! E agradecer especialmente a vocês dois por todo o carinho, amor e exemplo de vida e família que nos dão a cada momento!
     Que estes sejam apenas os primeiros 40 anos completados e que existam muitos e muitos anos para comemorarmos e para vermos, juntos, nossa família crescendo e se realizando, como galhos de uma árvore que nasceu das raízes de um lindo relacionamento, o de vocês! Parabéns! Todos nós os amamos muito!


sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Costumes de Antigamente

     Outro dia, à missa, ouvi uma reflexão muito interessante e gostaria de comentar algo aqui! Não vou falar sobre a religião em si, mas sobre alguns belos costumes que vêm se perdendo ao longo do tempo como pedir a benção aos pais e aos mais velhos da família, tratar as pessoas mais velhas por senhor e senhora, etc.
     Para alguns pode parecer caretice, mas eu acho que são belos costumes que dever ser valorizados e preservados e vou explicar o motivo. Acredito que esse tipo de atitude, especialmente dentro de uma família, reforça os laços de carinho e respeito entre as pessoas. Um filho que pede a benção (ou “toma bença” como a gente diz) ao pai à mãe aos tios avós, etc., mostra respeito à experiência deles e carinho, pois o(a) acha importante para transmitir uma benção a ele. Tem gente que se acha velho por alguém estar pedindo a benção, mas isso é bobagem! Adoro quando minha sobrinha e afilhada pede a benção para mim e não me acho nem um segundo mais velho. Acredito que isso seja mais questão de ser bem resolvido consigo mesmo e com questões de idade e não com dar a benção.
     Também por se sentir mais velho, muita gente não gosta de ser chamado de senhor ou senhora e até diz que “Senhor está no céu!”. Realmente o Senhor está no céu, mas ser chamado(a) de senhor ou de senhora não torna a pessoa mais velha e muito menos não ser chamado(a) a torna mais nova. A meu ver, isso é um sinal de respeito e não de idade.
     Voltando a comentar sobre a reflexão que ouvi na missa, o “pregador” comentou sobre a falta de respeito e admiração com os professores. Antigamente o professor era uma espécie de autoridade, uma referência para ser seguida e respeitada. Hoje em dia o professor não pode nem dar bronca em um aluno que é criticado e condenado pelos pais (aqueles mesmo que não dão a benção e nem aceitam ser chamados de senhor ou senhora, normalmente) que não aceitam que seu filho receba limites os mesmos que eles não dão em casa. No meu ponto de vista escola é para se receber conhecimento educação se recebe em casa.
     Bom, pode ser que eu seja considerado antiquado neste ponto, mas não acho que seja culpa da modernidade e sim da falta de limites e de respeito das pessoas umas com as outras! O que posso fazer, e se Deus quiser irei fazer, é ensinar a quem eu puder (filho(s), sobrinho(s), afilhado(s), etc.) a ter esse respeito e carinho que aprendi desde o berço e que julgo ser tão importante!