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sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Luto – Chapecoense: Um Conto de Fadas sem Final Feliz

     Esta semana me marcou por eu ter acompanhado um dos momentos mais tristes e comoventes da minha vida, o trágico acidente com o avião que transportava a delegação da Chapecoense, jornalistas e tripulação.
     Eu chegava no trabalho, quando, ainda dentro do ônibus, um amigo recebeu a ligação do pai dele contando sobre um acidente com o time da Chapecoense. A primeira notícia que tive foi de que o ônibus da equipe havia caído numa estrada na Colômbia e que todo mundo havia morrido. A princípio, minha “ficha ainda não tinha caído” sobre o que seria essa tragédia. Depois começamos a conversar no escritório e a acompanhar as notícias via internet. Daí me conscientizei do que havia acontecido.
     A medida que as notícias saiam, ficávamos sabendo das mortes, de sobreviventes, mais alguns detalhes do acidente... As notícias surgiam desencontradas. Até acho que nesse ponto as autoridades colombianas e a imprensa foram um pouco irresponsáveis ao divulgar informações sem ter total confirmação. Quem se considerava morto havia sido resgatado com vida. Outro que teria sobrevivido, não resistiu. Foi muito angustiante e triste acompanhar tudo aquilo ao longo do dia.
     Quando cheguei em casa, corri para ver na TV as informações mais corretas e completas da tragédia. Procurava entender e acreditar naquilo, enquanto recebia mensagens no celular sobre o acidente. Algumas sem sentido, outras lindas e emocionantes. Os telejornais e programas contavam a história da Chapecoense, um clube relativamente novo e humilde que hvia conseguido subir e se destacar no futebol brasileiro com um bom trabalho. Naquele momento, viviam um sonho, buscavam o maior feito do clube, um título continental, o da Copa Sulamericana. Alguns jogadores experientes, outros jovens, alguns que muitos clubes não queriam e que agora corriam atrás. Aquele conto de fadas terminara de forma triste e trágica.
     Assim que passar esse primeiro momento de choque e do resgate dos corpos e dos sobreviventes, começarão as investigações. A princípio parece ser um erro do piloto, da comapnhia e das autoridades bolivianas que permitiram um vôo arriscado. Porém não acho justo acusar alguém que morreu, no caso do piloto, pois ele não pode se defender, mesmo que tenha culpa!
     Acredito que COMEBOL (confederação Sulamericana de Futebol) irá considerar a Chapecoense como campeã da Copa Sulamericana 2016, em homenagem aqueles que partiram. Mas tenho certeza de que todos eles e seus familiares e amigos gostariam de recebr esse título ao lado de seus heróis e não no lugar deles. Aliás, parabéns ao Atlético Nacional e aos colombianos que têm demonstrado muito respeito e solidariedade aos brasileiros, em especial aos envolvidos nesta tragédia. E certamente não termos condição de jogar a última partida do Brasileirão 2016 contra a Chapecoense lá em Chapecó! Seria um absurdo insistir nesta partida!
     Já ouvi histórias parecidas de vários anos atrás, mas nunca imaginei acompanhar uma. Não vou ser cara de pau de dizer que simpatizava com a Chapecoense, agora depois que aconteceu, mas admirva um clube sem tanta tradição estar indo tão longe. E admirei de observar agora o carinho do povo da cidade de Chapecó por seu time. O jeito agora é tentar absorver o choque, suportar e superar a tristeza que todos nós, amantes do futebol e cristãos, sentimos, a pena que estamos das famílias, amigos, torcedores e seguir em frente. O clube certamente conseguirá se reerguer, já quem perdeu alguém, será mais complicado! Deixo aqui minha solidariedade e meus mais sinceros sentimentos a todos e que Deus os confrote e ajude a passar por algo tão difícil! Independentemente de clube, estamos todos ao lado de vocês! #ForçaChape




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