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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Julgamentos Precipitados

     O que vocês diriam se eu dissesse que meu pai não levou minha irmã ao altar no dia do casamento dela? Diriam que ele não aprovava o casamento ou que estava brigado com ela ou que não gostava do noivo e coisas assi, certo? Nada disso! Meu pai não levou minha irmã ao altar no dia do casamento dela simplesmente porque não tenho irmã.
     Porque começar essa postagem com algo tão estranho assim? Para demonstrar meu raciocínio, que muitas vezes, muita gente faz julgamentos precipitados, sem conhecer a verdade, todos os fatos e todos "os lados" da questão.
     Tenho uma teoria de que se ouvirmos uma história, especialmente uma disputa, contada independente por duas ou mais pessoas, teremos duas ou mais versões da mesma história e nenhuma será totalmente verdade ou totalmente mentira, pois cada um defenderá seu ponto de vista, seu "lado" da questão, colocando, mesmo que involuntariamente, a situação a seu favor e contra seu adversário. Ou seja, cada que contará terá a razão, de acordo com sua versão dos fatos.
     Infelizmente tem muita gente que escuta só uma versão ou apenas parte dos fatos e já reflete e conclui sobre toda a situação, julgando uma outra pessoa, condenando e/ou inocentando rapidamente. Isso não pode acontecer, pois assim pode-se cometer uma enorma injustiça. Vemos em casos de julgamentos de crimes horríveis, onde até mesmo os criminosos têm direito a apresentar defesa, sua versão, para só depois o júri e os juízes os julgarem. Isso é o princípio básico da justiça, ouvir toda a história e os dois lados, suas versões, justificativas e explicações, antes de qualquer decisão.
     Eu acredito que esse tipo de comportamente de julgar as coisas precipitadamente faz parte da natureza humana, que quer decidir as coisas rapidamente e tem a tendência de tomar partido, mesmo que não esteja envolvido diretamente por esse ou aquele lado, por um outro motivo, ou até mesmo sem nenhum motivo, apenas por intuição. Porém, intuição e rapidez no julgamento não produzem a justiça! Ao contrário, tendem a provocar injustiças através de julgamentos precipitados.
     Eu, assim como outras pessoas certamente, já fui vítima desse tipo de julgamento em várias portunidades e situações, sendo que quem me julgou, em alguns casos, reconheceu o erro e até me pediu desculpas. Mas eu também não sou santo e como ser humano, com essa mesma tendência natural de julgar as pessoas e situações precipitamente, já cometi injustiças cometendo esse tipo de julgamento precipitado. Em vários casos, como não me importo de reconhecer que errei, acho até uma atitude louvável não só minha, pedi desculpas, em outros não tive a oportunidade. Aproveito para me desculpar com todos que julguei precipitadamente. Aliás, a intenção desta minha postagem é apontar este tipo de comportamento, chamando a atenção de todos para esse comportamento e tendência natural do ser humano, mas que não é positivo, e sugerir que todos nós nos dediquemos à observação de nossos comportamentos, para evitar esse tipo de coisa.
     Então, fica aqui meu conselho, tenhamos mais paciência e calma para julgar, ou melhor, analisar as pessoas, fatos e situações, ouvindo todos os fatos, versões, lados, refletindo bastante, não tomando partido por nenhum motivo e buscando a verdade e a justiça. Não devemos julgar ninguém, mas para termos uma opinião sobre algo ou alguém, precismos conhecer muito bem o tema para não sermos injustos. E lembremos sempre que da mesma forma que julgamos, podemos ser julgados! Justiça e verdade sempre, com calma, paciência e atenção!

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