Páginas

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Telefone sem Fio

     Quando criança, brinquei bastante dessa brincadeira de telefone sem fio. Trata-se de uma pessoa cochichar no ouvido de outra uma frase, uma única vez. Esta por sua vez, faz o mesmo com a pessoa seguinte e assim sucessivamente até chegar à última pessoa, que deve repetir a frase exatamente como ela iniciou. Não é bem um jogo, pois trata-se mais de diversão e risadas. A última pessoa dificilmente consegue acertar a frase, e acaba dizendo algo estranho e engraçado, que foi o que ouviu e entendeu.
     Bom, esse conceito é bem divertido e legal apenas na brincadeira. Na vida real, esse tipo de “atitude” causa muitos problemas na comunicação. Chamo isso de atitude me referindo a pessoas que tem a mania de ficar só mandando recados pelas outras, mandando os outros fazerem as coisas e resolverem. Com intermediários, dificilmente se resolve a coisa de forma rápida e correta.
     Toda vez que se transmite uma mensagem, algo se perde, pois ninguém é capaz de transmitir exatamente o que pensa ou o que sente ou quer. Imagina então se tiver terceiros envolvidos! Se perde muito da mensagem e de seu real sentido e objetivo. Dessa forma, a chance de dar algo errado é muito maior! Mesmo assim, muitas pessoas, especialmente no ambiente de trabalho, optam por agirem assim e dificultam as coisas para os outros. Os intermediários acabam tendo muito mais responsabilidade, pois precisam entender e saber o que o primeiro quer, passar exatamente isso para o outro e trazer o resultado, a resposta de volta. Esse processo é mais lento e muito menos eficiente. Não sei dizer ao certo porque as pessoas agem dessa forma, talvez por preguiça, pressa, falta de paciência, mas não é uma boa maneira de resolver as coisas e obter bons resultados. Tem alguns, no caso do ambiente profissional, que podem se sentir mais importantes e poderosos mandando alguém fazer ou dar um recado. De qualquer forma, não é uma boa escolha!
     Já ouviram aquele ditado que diz “quer algo bem feito, faça você mesmo”? Concordo, mas não digo isso por achar que as pessoas sejam incompetentes! E também não acho que não possamos confiar tarefas aos outros, delegar! O que quero dizer é que não devemos optar por “tercerizar” uma tarefa quando podemos fazê-la bem feita, de forma mais rápida e prática. E em muitos casos, somente a pessoa que pede é que sabe os detalhes e os dados necessários para cumprir determinada tarefa e qualquer pergunta, qualquer necessidade a mais, a pessoa que recebeu o pedido da tarefa se complica e arrisca ainda mais o resultado. Existem tarefas muito simples de serem resolvidas e que as pessoas as complicam mandando outro fazer.
     Acho importante lembrar da brincadeira e dos resultados engraçados que ela produz, como dizer frases sem sentido ou palavras engraçadas. Na brincadeira, tudo bem, mas imagine em uma negociação ou a respeito de um documento? E os resultados podem ser os mesmos, desastrosos, mas na vida real não vai ter a graça da brincadeira. Sinceramente tenho preguiça desse tipo de atitude, pois não tem uma utilidade prática quando a própria pessoa pode realizar a tarefa. As coisas demoram mais, tendem muito mais a dar errado e ainda envolve e complica outras pessoas. Acho melhor evitar brincar de telefone sem fio com coisas sérias!


  

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Diga o que achou do meu blog ou das minhas opiniões e postagens!