Livre Concorrência

     Todos nós somos consumidores, de uma forma ou de outra, de diferentes bens e produtos. E existe uma grande variedade de produtos e bens para consumirmos, e quanto mais a variedade de bens e produtos, maior a quantidade de fornecedores desses bens e produtos. E desses produtos, quanto mais sofisticado, mais "raro" e dependendo de outras características especiais, apenas alguns o fornecem. Assim, como é mais difícil de se conseguir esse produto, ou seja, a oferta é menor que a procura, acaba que o preço desse bem ou produto sobe, às vezes impossibilitando que muita gente possa usufruir, consumir este bem ou produto. E como nesse caso/exemplo não há outro(s) fornecedor(es), aquele que fornece o bem ou produto pode optar por oferecê-lo apenas daquela forma, naquele valor, e se o consumidor quiser, é obrigado a aceitar as exigências do fornecedor, ou então não terá o bem ou produto que quer.

     Por isso é que sou favorável à livre concorrência! Quando existem vários fornecedores que oferecem o mesmo produto ou semelhante, com a mesma qualidade, basicamente a mesma coisa, se o fornecedor não oferecer um diferencial e/ou um bom preço, não terá consumidores, o que o fará fechar. Dessa forma, a concorrência entre os diversos fornecedores de bens e/ou serviços, precisam estar atentos a atender da melhor forma, com a melhor qualidade, as melhores condições e, principalmente, o melhor preço. Isso estimula a competição, que faz os fornecedores procurarem sempre inovar, produzir e fornecer os melhores produtos e/ou serviços, da melhor forma e com o melhor preço, deixando que o consumidor possa escolher, entre as opções que tem, o que é melhor para si. Com essa competição também há uma melhora na economia, pois os fornecedores acabam investindo em tecnologias, treinamentos, pessoal (gerando empregos), melhores materiais, etc. Ou seja, com a livre concorrência, desde que leal, todos ganham, inclusive os próprios fornecedores que podem vender mais, de acordo com o que oferecem aos consumidores.

     Gostaria de citar aqui dois exemplos dessa minha linha de raciocínio: primeiro, sobre os cartórios, onde não há uma concorrência direta, pois depende de leis, nomeações legais, etc., ou seja, não é todo mundo que pode ter um cartório, como se fosse uma empresa comum. Assim, em cidades menores, como a minha, temos poucas opções e somos obrigados a procurar o(s) único(s) cartório(s) disponível(is) dependendo de nossa necessidade, independente da qualidade ou do preço. Com isso, os proprietários e funcionários desses cartórios não têm estímulo, necessidade de melhorar seu atendimento, seus serviços, prazos, preços, condições, etc., pois não perdem os clientes, uma vez que não existe a concorrência. Não estou criticando nenhum cartório em especial, apenas citando um exemplo genérico. O segundo caso é com relação às TVs por assinatura, até pouco tempo atrás, só havia uma operadora, portanto, quem quisesse ter uma TV por assinatura, era obrigado a contratar os serviços desta operadora e desembolsar uma bela quantia. Ou seja, poucos tinham condições de ter esta TV por assinatura. Agora, com o surgimento de outras operadoras, a concorrência se intensificou e os preços caíram, surgindo promoções e condições melhores para mais gente poder ter acesso a este serviço. Daí surge outro benefício da livre concorrência, a popularização dos bens e serviços. Hoje muita gente pode ter bons produtos, mais conforto, qualidade de vida, etc.

     Os fornecedores não precisam ter medo da livre concorrência e tentar monopolizar o ramo de atividade, basta procurar ter bons produtos e/ou serviços, bons preços, pois o consumidor está aprendendo a escolher. Aquele que é bom, se consolida e cresce no mercado. Também não é correto os fornecedores se juntarem para dominar o mercado, pois aí não existe livre concorrência, independente da quantidade de fornecedores. É preciso inovar e competir para oferecer qualidade e preço aos consumidores! Quem sabe um dia, teremos tantas opções e liberdade de escolha que todos poderão ter acesso a tudo? Atrair o consumidor ao invés de obrigá-lo a consumir seus produtos e/ou serviços, esse é o caminho da evolução do mercado!