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sexta-feira, 16 de novembro de 2012

"Urubus na Carniça"

     Esse título da minha postagem serve para descrever dois casos que já observei: um eu já até postei, que é o caso de apresentadores e programas de TV, como o Datena, o Gugu, a Sônia Abraão, que se aproveitam das tragédias coletivas e individuais para utilizar seu sensacionalismo atrás de audiência; e outro, que é o tema desta minha postagem, é sobre aquelas pessoas que só aparecem, se lembram de parentes e amigos, quando têm algo a receber, algum interesse, herança e coisas assim.
     Tem gente que se esquece de amigos e familiares, principalmente mais velhos enquanto estes não lhes "rendem" nada, mas aparecem rapidinho para ganhar, receber ou dividir alguma coisa, quando existe a possibilidade. Alguns se reaproximam quando o amigo ou parente fica rico, ganha um cargo importante, fica famoso, ou algo assim, a fim de "colher" benefícios. Outros só surgem quando alguém morre e deixa alguma coisa, loucos para receber uma parte, lucrarem com o acontecido. Neste último caso, o título "urubus na carniça" se adéqua mais. Eu conheço alguns casos assim e certamente muita gente também, mas talvez não tenha parado para observar e refletir como eu.
     Os argumentos dessas pessoas para não terem contato com suas "benfeitoras", normalmente é distância e falta de tempo, porém, hoje em dia, com telefone, internet e tantos meios de comunicação e transportes rápidos e eficientes, isso não cola. Especialmente para pessoas mais velhas, um carinho, um gesto de atenção, de lembrar da pessoa, mesmo com apenas um telefonema, uma carta, um telegrama, etc., significa muito. Porém lembrar e aparecer só depois que a pessoa melhorou de vida ou faleceu deixando algo, é muita cara de pau. A gente precisa fazer as coisas pelos outros enquanto estes estão vivos e em qualquer situação, principalmente financeira e social das pessoas e nossas mesmo. Tem gente que aparece depois que um parente faleceu, reivindica sua parte na herança e ainda critica os outros que estiveram do lado da pessoa enquanto esta estava viva e realmente precisando de atenção, carinho, cuidados, etc. Estou focando mais nesta parte de receber herança por ser o exemplo, o caso mais comum desse meu raciocínio e por ter tomado conhecimento de um caso desses recentemente. Uma pessoa faleceu e surgiram parentes que moravam longe e até mesmo perto, que não tinham nenhum contato com a pessoa falecida, criticaram o estilo de vida da pessoa e algumas coisas que os outros familiares, que estavam ao lado dela, fizeram por ela em vida. Algumas dessas críticas, demonstraram que esses familiares que apareceram nem sequer conheciam as preferências e pensamentos da pessoa falecida. Isso sem contar que, neste caso, muita gente nem sabia que alguns que apareceram depois eram parentes de quem faleceu.
     Bom, não quero acusar ninguém, estou citando apenas um caso de forma genérica, para exemplificar, ilustrar meu raciocínio. Eu acho patético quem age dessa forma, ignorando ou mal tratando alguém em vida ou em uma situação financeira ou social não tão boa para depois correr atrás de receber alguma coisa. Os bens materiais acabam um dia, mas o carinho, a atenção, a lembrança e os cuidados que temos com quem gostamos, ou neste caso, deveríamos gostar, e convier ficam para sempre. Eu tenho até pena de quem faz esse tipo de coisa! Tenho pena de quem é abandonado e de quem faz, pois isso só demonstra uma vida vazia, sem sentido, buscando apenas o material.
     Termino esta minha postagem deixando dois conselhos: observem esse tipo de comportamento e se afastem de pessoas assim, interesseiras, e procurem não ser assim!; o outro, mais importante, procure seus amigos e familiares, mesmo aqueles mais distantes, de menos contato e lhes dê carinho e atenção agora, não deixem para depois quando poderá ser tarde e não servir mais de nada! Se relacionar bem com as pessoas, especialmente a família e os amigos, gostando e demonstrando de verdade o que sentimos, esse sim é o maior tesouro, o mais valioso que existe!

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