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sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Bebidas Alcoólicas em Eventos da Igreja Católica

     Muita gente sabe que faço parte de diversos movimentos e grupos da Igreja Católica e que participo tentando ajudar a realizar as obras. Como em todas as áreas, em quase todos os projetos e obras da Igreja, é necessário dinheiro. E como conseguir dinheiro em uma instituição não lucrativa? Através de promoções e eventos beneficentes para arrecadação.
     E muitos destes eventos envolvem a venda de comidas e bebidas. De um tempo para cá, surgiu uma orientação na Igreja de que não devem ser vendidas bebidas alcoólicas em eventos promovidos por ela ou com alguma relação. A partir daí surge uma polêmica: essa orientação está correta ou não?
     Bom, as pessoas que não são tão próximas à Igreja e suas doutrinas e entendimentos consideram errada, pois não analisam os argumentos da Igreja. Cabe ressaltar aqui que falo “Igreja” representando uma instituição para facilitar, sendo que o termo representa os dirigentes e representantes da mesma. Voltando ao assunto, essa orientação é baseada na ideia de que uma instituição religiosa, que leva a Palavra de Deus às pessoas não deve estimular o uso de coisas que possam causar algum tipo de prejuízo às pessoas, às famílias e à sociedade. E o alcoolismo é um problema sério! Neste caso, com o intuito de arrecadar recursos para suas obras e projetos, a Igreja estaria “incentivando” o consumo de álcool. Dessa forma, a própria Igreja estaria se contradizendo! E qualquer problema originado a partir dessa atitude, seria da responsabilidade da Igreja, tais como acidentes, brigas, etc.
     Por falar em responsabilidade, existe também o argumento favorável à venda de bebidas alcoólicas de que cada pessoa deve ter seu equilíbrio e responsabilidade para beber. Ou seja, cada um pode beber sem extrapolar os limites. E também que se a pessoa não beber em um evento da Igreja, pode beber em qualquer outro lugar. Neste caso, a Igreja apenas não teria responsabilidade e não estaria “incentivando” o consumo. Porém, em muitos eventos beneficentes da Igreja, dentro do evento não se pode vender bebida alcoólica, mas muitos comerciantes se aproveitam da oportunidade e do movimento de pessoas causado pelo evento para vender as bebidas nos arredores. Neste caso, a Igreja “ajuda” as pessoas a venderem e comprarem as bebidas, sendo que pode ser relacionada a eventuais problemas e consequências, mesmo não sendo responsável direta. Dessa forma, mesmo não promovendo, acaba se tornando “corresponsável” e sem obter os resultados. E convenhamos que se o objetivo é arrecadar recursos, retorno financeiro, não há nada mais vantajoso do que vender bebida alcoólica, especialmente cerveja. É o produto que mais tem saída e que as pessoas menos reclamam de preço. E como eu já disse a Igreja precisa de recursos financeiros e materiais para realizar suas obras e projetos, que muitas vezes têm o objetivo de auxiliar as pessoas mais necessitadas.
     Assim sendo, fica uma polêmica e um debate sobre responsabilidade e sucesso na arrecadação que pode ajudar pessoas. E qual a conclusão que chego sobre esse tema? Nenhuma! Existem prós e contras e argumentos válidos de ambos os lados! Tanto na responsabilidade espiritual da Igreja quanto no resultado financeiro obtido para realizar suas obras. O que fazer então? Sinceramente, não sei! Espero que consigamos encontrar um meio termo, algo que não prejudique ninguém e que possa dar resultado! Deus nos ilumine!

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