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sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Poder: Medos, Privilégios, Lealdade e Ciúme

     É normal o ser humano se acostumar com uma situação sem mudanças. Eu mesmo me sinto mais tranquilo e preparado com certa rotina na vida. Quando acontece alguma mudança, seja qual for e em que for também é normal que surja desconforto e tensão nos envolvidos. O meu foco nesta postagem é analisar como as pessoas reagem a essas mudanças e as consequências dessas reações.
     Eu particularmente tenho dificuldades de adaptação no início de uma nova situação, após uma mudança ou em algo novo. Depois de algum tempo já consigo controle, confiança e tranquilidade. Mas o que acho mais importante é não prejudicar ninguém nesse momento de transição e nem depois devido às minhas dificuldades. E isso é que me preocupa e entristece quando vejo que algumas pessoas confundem esse sentimento de desconforto com ameaça e começam a ficar autoritários, grosseiros, arrogantes, etc.
     Já observei que quando ocorre alguma mudança mais significativa como uma troca de administração na política ou mesmo na religião, alguns começam a mudar também suas atitudes e comportamento. Alguns desses começam a querer mandar em tudo, a decidir sozinho o que fazer e como fazer, “passando por cima” dos outros muitas vezes. Passam a enxergar os outros como ameaça de perder o posto que possuem, o cargo, o poder, etc. Passam a ter muito mais apego a seu cargo do que aos resultados, à oportunidade de fazer algo. Em alguns casos, observei que as pessoas tinham ciúmes de outras fazerem a mesma coisa de forma diferente ou até melhor. Em muitos casos, quando as outras faziam, ninguém surgia, se oferecia para fazer, ficava apenas “de fora” julgando que estas queriam aparecer. Na verdade, não é que quem fazia não dava espaço, oportunidade, mas sim que ninguém aparecia para ocupar aquela função e executar as tarefas. Quando as primeiras saíam da função, alguns sentiam que o espaço vago era a oportunidade de assumir aquilo. Muitas vezes não por amor, mas por inveja, ciúme. Uma vez no posto, na função, não queriam mais sair e não deixavam que ninguém chegasse perto e pudesse “ameaçar” seu “poder”, seu status, seus “privilégios”. E ainda existe o caso de quando alguém tem algum problema, alguma divergência com outra pessoa e por causa disso passa a se indispor com um grupo, com uma instituição, o que não tem nada a ver e é incorreto e injusto! Não é justo, pois é um problema, uma divergência pessoal e várias pessoas não podem ser “julgadas” pelas atitudes e problemas de um ou alguns.
     E aquelas pessoas que já estão acostumadas e acomodadas com uma situação “atual”, uma administração, alguém responsável, etc., também apresentam reações quando ocorre alguma mudança nessa situação. Pode ser por carinho com a pessoa que estava antes ou mesmo pelos privilégios, poderes e status que possuía, mas muitos não aceitam ter o mesmo comportamento com o novo. Acredito que pensem que seria falta de lealdade com o antecessor! Pode ser também medo de perder o que “conquistaram”! Dessa forma se afastam, se indispõem, criticam, fazem oposição, etc.
     Todas essas reações, atitudes e comportamento causam problemas e provocam até o afastamento de outras pessoas que se sintam prejudicadas ou desprezadas. O importante deveria saber que as mudanças são naturais e podem promover resultados positivos! Lealdade não é combater o novo e ficar preso aos conceitos e forma de agir do passado, mas sim tentar manter o bom trabalho, honrando o que os antecessores fizeram e ensinaram. Não devemos ter apego a cargos, acharmos que temos poder e status, ainda mais em coisas públicas! Temos é a obrigação de ajudar como pudermos para dar bons frutos! Precisamos ter diálogo e humildade para encontrar a solução que seja melhor para todos! Ditadura não ajuda em nada! Pense bem como tem agido e o que pode fazer para unir as pessoas e produzir bons resultados e não apenas status! Pense em todos e não só em si mesmo!

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