É normal o ser humano se acostumar com uma
situação sem mudanças. Eu mesmo me sinto mais tranquilo e preparado com certa
rotina na vida. Quando acontece alguma mudança, seja qual for e em que for
também é normal que surja desconforto e tensão nos envolvidos. O meu foco nesta
postagem é analisar como as pessoas reagem a essas mudanças e as consequências
dessas reações.
Eu particularmente tenho dificuldades de
adaptação no início de uma nova situação, após uma mudança ou em algo novo.
Depois de algum tempo já consigo controle, confiança e tranquilidade. Mas o que
acho mais importante é não prejudicar ninguém nesse momento de transição e nem
depois devido às minhas dificuldades. E isso é que me preocupa e entristece
quando vejo que algumas pessoas confundem esse sentimento de desconforto com
ameaça e começam a ficar autoritários, grosseiros, arrogantes, etc.
Já observei que quando ocorre alguma
mudança mais significativa como uma troca de administração na política ou mesmo
na religião, alguns começam a mudar também suas atitudes e comportamento.
Alguns desses começam a querer mandar em tudo, a decidir sozinho o que fazer e
como fazer, “passando por cima” dos outros muitas vezes. Passam a enxergar os
outros como ameaça de perder o posto que possuem, o cargo, o poder, etc. Passam
a ter muito mais apego a seu cargo do que aos resultados, à oportunidade de
fazer algo. Em alguns casos, observei que as pessoas tinham ciúmes de outras
fazerem a mesma coisa de forma diferente ou até melhor. Em muitos casos, quando
as outras faziam, ninguém surgia, se oferecia para fazer, ficava apenas “de
fora” julgando que estas queriam aparecer. Na verdade, não é que quem fazia não
dava espaço, oportunidade, mas sim que ninguém aparecia para ocupar aquela
função e executar as tarefas. Quando as primeiras saíam da função, alguns
sentiam que o espaço vago era a oportunidade de assumir aquilo. Muitas vezes
não por amor, mas por inveja, ciúme. Uma vez no posto, na função, não queriam
mais sair e não deixavam que ninguém chegasse perto e pudesse “ameaçar” seu “poder”,
seu status, seus “privilégios”. E ainda existe o caso de quando alguém tem algum
problema, alguma divergência com outra pessoa e por causa disso passa a se
indispor com um grupo, com uma instituição, o que não tem nada a ver e é incorreto
e injusto! Não é justo, pois é um problema, uma divergência pessoal e várias
pessoas não podem ser “julgadas” pelas atitudes e problemas de um ou alguns.
E aquelas pessoas que já estão acostumadas
e acomodadas com uma situação “atual”, uma administração, alguém responsável,
etc., também apresentam reações quando ocorre alguma mudança nessa situação.
Pode ser por carinho com a pessoa que estava antes ou mesmo pelos privilégios,
poderes e status que possuía, mas muitos não aceitam ter o mesmo comportamento
com o novo. Acredito que pensem que seria falta de lealdade com o antecessor!
Pode ser também medo de perder o que “conquistaram”! Dessa forma se afastam, se
indispõem, criticam, fazem oposição, etc.
Todas essas reações, atitudes e
comportamento causam problemas e provocam até o afastamento de outras pessoas
que se sintam prejudicadas ou desprezadas. O importante deveria saber que as
mudanças são naturais e podem promover resultados positivos! Lealdade não é
combater o novo e ficar preso aos conceitos e forma de agir do passado, mas sim
tentar manter o bom trabalho, honrando o que os antecessores fizeram e
ensinaram. Não devemos ter apego a cargos, acharmos que temos poder e status,
ainda mais em coisas públicas! Temos é a obrigação de ajudar como pudermos para
dar bons frutos! Precisamos ter diálogo e humildade para encontrar a solução
que seja melhor para todos! Ditadura não ajuda em nada! Pense bem como tem
agido e o que pode fazer para unir as pessoas e produzir bons resultados e não
apenas status! Pense em todos e não só em si mesmo!
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